Nesta terça-feira (8), a Confederação Israelita do Brasil (Conib) publicou uma nota de repúdio após a fala do apresentador do Flow Podcast , conhecido como Monark, que defendeu a criação de um partido nazista no Brasil reconhecido pela lei e que as pessoas têm o direito de ser “antijudias” .
“O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera ‘inferiores’. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias”, escreveu a confederação em nota publicada no site oficial.
“O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica”, acrescentou.
Vale lembrar que, no Brasil, é crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação da ideologia nazista, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89, e a pena pode variar de um a três anos de prisão, além da aplicação de multa.
Horas após a declaração, marcas que já patrocinaram o programa começaram a se manifestar nas redes sociais sobre o posicionamento de Monark . Puma e iFood repudiaram “veemente” as afirmações e informaram não patrocinar mais o Flow Podcast .
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Crime contra a humanidade
O Holocausto , como ficou conhecido o genocídio de judeus pelo regime Nazista, está entre os maiores crimes cometidos contra a humanidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha, por meio da ideologia nazista, obrigou judeus a trabalhar de maneira forçada em campos de concentração.
Os homens vistos como os mais fortes trabalhavam obrigados, enquanto os considerados mais fracos eram enviados para serem mortos em câmaras de gás. O período foi marcado pelo extermínio de mais de 6 milhões de judeus.