Marcelo Lima de Souza é umas das personalidades mencionadas à corrida eleitoral ao cargo de governador do Amazonas pelo PSOL. O pré-candidato é advogado, atuante como defensor geral do Tribunal de Justiça Desportivo do Amazonas (TJD-AM) e presidente da Comissão de Esportes da OAB-AM.
Marcelo Amil, como popularmente conhecido, possui experiência na vida política e na disputa por cargos políticos. Em 2018 participou da disputa pelo cargo de deputado federal pelo PCdoB; em 2020, pelo mesmo partido, concorreu à prefeitura de Manaus, e atualmente, filiado ao PSOL, surge como um dos nomes a pré-candidato a governador do Amazonas.
Em contato com o Amazônia Press, o pré-candidato falou sobre o cenário político do Amazonas, sobre suas ideologias políticas e também assuntos urgentes que envolvem o estado.
Indo contra o pressuposto de que a população amazonense é acostumada com a velha política do estado, Marcelo define a população como “encurralada” nessa situação.
“A mudança é necessária, mas não concordo com a premissa de que o amazonense tem mania de se acostumar. Historicamente o Amazonense tem sido encurralado pelos ditos donos do poder. Seja através de populismo temporal, seja através de massiva campanha de comunicação, e muitas vezes até mesmo por repressão física. O amazonense quer mudanças, disse isso em 2018, mas infelizmente viu mais do mesmo”, disse Marcelo.
Em relação a sua posição ideológica e política, declara:
“Eu sou um homem de esquerda. Sempre fui. Minha posição filosófica é de que o ser humano vem antes do mercado, é de que nenhum índice financeiro é mais importante que uma criança de barriguinha cheia. Eu tenho lado e deixo bem claro. Sou um homem de esquerda”, contou o pré candidato.
Quando questionado sobre seu posicionamento em relação a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) manifestou-se contra e apresentou seus motivos.
“O esmagamento da ZFM não atende ao Brasil em nenhum sentido. É pura vingança de Bolsonaro contra a atuação do senador Omar Aziz na CPI da pandemia. A isenção geral do IPI inviabiliza o PIM, não pelos seus números isoladamente, mas pelo cenário que cria instabilidade jurídica, o que desestimula novos investimentos, e a médio prazo afasta daqui as empresas já instaladas. Muitos desses afastamentos sequer serão para o Brasil. Temos a PEPSI, por exemplo, que em 2018 encerrou as atividades em Manaus e hoje importa xarope do Uruguai”, expressou.
Tocando no assunto sobre projetos voltados à geração de oportunidades após os impactos econômicos causados pela pandemia, o pré-candidato menciona programas de distribuição de renda do PSOL, que ainda estão em processo de finalização.
“A pandemia virou a grande muleta pra incompetência desse governo federal que temos. Até fevereiro de 2020, antes do início da pandemia no Brasil, o real era a quinta moeda mais desvalorizada do mundo. Os programas de inclusão e distribuição de renda do PSOL são históricos e serão apresentados tão logo finalizados após as discussões nas bases do partido”, finalizou Marcelo.