O presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Francisco Joseli Parente Camelo, afirmou hoje que, em sua visão, a confiança do presidente Lula nos militares “já foi completamente recuperada”.
O que aconteceu:
Tanto o executivo quanto a sociedade já voltaram a confiar nas Forças Armadas após uma “quebra de confiança”, devido aos ataques à democracia e aos atos golpistas no 8 de janeiro, afirmou Camelo em entrevista à CNN.
O presidente do STM classificou os atos golpistas de 8 de janeiro “como um ataque de vandalismo aos Poderes da República”, um “ataque à democracia” e uma “uma coisa absurda”. Ainda, o ministro militar afirmou ser “difícil até explicar como chegaram naquela situação”.
Camelo destacou que “militares em nenhum momento foram preparados para a política” e que ela não faz parte do “papel” deles, mas que eles querem “cumprir seu papel institucional”. Camelo se referia aos membros das Forças Armadas eleitos e aos que participaram do governo Bolsonaro.
Francisco Joseli Parente Camelo também fez elogios ao chefe do Executivo, citando conversas entre Lula e os militares, assim como a discussão sobre o orçamento da Defesa.
Eu não tenho dúvida que houve essa quebra de confiança com a sociedade. Mas penso que hoje já está completamente restabelecida. Nós iniciamos o ano com aquele problema do 8 de janeiro, que realmente trouxe um benefício. Vimos que todos os poderes se uniram contra aquele ataque de vandalismo aos poderes da República, aquele ataque à democracia. Aquilo foi realmente uma coisa absurda. É difícil até explicar como chegaram naquela situação.
Os militares realmente precisam recuperar essa confiança. Para mim, essa confiança já está praticamente recuperada. Junto ao Poder Executivo, junto ao presidente Lula. O presidente Lula tem tido uma atitude muito positiva diante dos militares. Lula tem conversado com os militares, tem discutido seus orçamentos, tem visitado os militares, participado de atividades. […]
Acredito que essa situação do Executivo, com relação aos militares, e perante à sociedade, eu acho que já foi completamente recuperada. A sociedade entende que os militares querem cumprir seu papel institucional”.
Fonte: Uol