Uma mulher de 45 anos foi executada nesta sexta-feira, 28, em Cingapura, por traficar 30g de heroína. Acredita-se que essa é a primeira vez em quase duas décadas que o país toma essa medida contra uma mulher. A última vez foi em 2004, pelo mesmo crime.
De acordo com o jornal The Guardian, Saridewi Djamani foi condenada à morte em 2018, e a pena foi aplicada nesta sexta. Ela foi enforcada em meio a protestos de grupos de direitos humanos. A mulher argumentou que não foi capaz de dar declarações precisas à polícia porque estava sofrendo com abstinência de drogas na época.
No entanto, a afirmação foi rejeitada pelo tribunal, que concluiu que Saridewi tinha “no máximo sofrido de leve a moderada abstinência de metanfetamina durante o período de depoimentos” e que isso não prejudicou sua capacidade de prestar esclarecimentos.
A Comissão Global sobre Políticas de Drogas, a Federação Internacional de Direitos Humanos e a Anistia Internacional pediram ao governo de Cingapura que suspendesse a execução, mas não conseguiram reverter a decisão.
Ainda conforme o jornal local, ela foi a segunda pessoa executada esta semana, e a 15ª desde que o governo retomou as execuções em março de 2022. As execuções haviam sido interrompidas durante a pandemia. Na quarta-feira, Mohd Aziz bin Hussain, um malaio de 56 anos de idade, foi condenado à morte por acusações relacionadas a drogas.