O jornal satírico francês Charlie Hebdo publicou uma nova capa contra o radicalismo islâmico para relembrar os sete anos do atentado contra sua redação, que deixou 12 mortos em 7 de janeiro de 2015.
A imagem mostra um homem barbado vestido com cintos de espinhos e com os pés sobre um casal nu de quatro no chão. Na charge, o religioso chicoteia a dupla para ser levado a um recipiente com exemplares do Corão. “Vontade de ser dominado? Ousemos com o islamismo”, diz a manchete.
O atentado foi cometido pelos irmãos Said e Chérif Kouachi, que invadiram a redação do Charlie Hebdo armados com metralhadoras e assassinaram 11 pessoas, incluindo alguns dos principais cartunistas da publicação.
Ao deixar o prédio, os Kouachi ainda mataram a sangue frio um policial muçulmano, Ahmed Merabet, que estava deitado ferido na calçada.
Dois dias depois do ataque ao jornal, outro terrorista islâmico, Amédy Coulibaly, assassinou quatro indivíduos durante um sequestro em um mercado kosher em Paris. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros. O saldo daqueles três dias foi de 17 vítimas, sem contar os agressores, todos mortos pela polícia.
Os atentados instauraram um clima de terror na capital francesa, que chegaria ao ápice em 13 de novembro daquele mesmo ano, quando jihadistas mataram 130 pessoas perto do Stade de France, em bares e restaurantes de zonas boêmias da cidade e na casa de shows Bataclan.