A semana foi difícil no Morumbi. Com derrotas para Fluminense e Internacional, o São Paulo praticamente viu ruir suas esperanças de presença na Libertadores em 2023. O clube ainda teve de lidar com caso de indisciplina de Patrick em desentendimento com Rogério Ceni. No meio do caos, Ceni foi confirmado para a próxima temporada, e provavelmente sem o meia no elenco.
A atrito entre Ceni e Patrick ocorreu no intervalo do jogo entre São Paulo e Fluminense, quando o jogador soube que seria substituído. As reclamações exacerbadas levaram um clima de tensão para o vestiário e levantaram dúvidas sobre a sequência do meia. O técnico confirmou o caso após derrota para o Inter e colocou em dúvida a permanência de Patrick para 2023, embora tenha optado por o perdoar depois de pedido de desculpas. “O atleta não teve uma reação que é condizente com um profissional.
Nós conversamos e ele pediu desculpas ao grupo e à comissão técnica. Veio para o jogo e a opção de não escalá-lo não foi por isso. Tanto que ele entrou no segundo tempo”, garantiu. “Jogador que não está pronto para sair não pode fazer parte de grupo. Futebol é esporte coletivo e você faz 3,4 ou 5 substituições numa partida. Eu já vi gente bem importante sair daqui de um jogo do São Paulo. Já vi Raí ser substituído, Muller ser substituído, Careca ser substituído, França, Dodô, Lucas Moura… Tantos caras. Ou a gente tem um comportamento mais adequado, ou temos de fazer escolhas na nossa vida”, finalizou, deixando em aberta a permanência de Patrick. Ceni, no entanto, fica para 2023.
O voto de confiança da diretoria foi manifestado publicamente no início da coletiva em discurso de Julio Casares, presidente do São Paulo. Houve tempo para promessas de mudanças no elenco, embora sem a certeza sobre qual rumo tomar entre a contenção para ajustar contas ou o endividamento para montar um time competitivo. “Janeiro estou aqui e vou fazer a pré-temporada”, afirmou Ceni após discurso de Casares. “No momento, o planejamento está sobre quem segue e deixa o clube. Essa é a primeira parte, analisando os que vencem contrato, quem segue e quem deixa.
A partir da próxima semana, começar a ver saída de peças e quem podemos trazer”, completou. “Ou contratamos modestos e explicamos o objetivo. O Brasileirão será mais difícil do que foi esse ano. Logicamente não foi bom, Flamengo e Palmeiras os campeões nacionais. São os maiores investimentos e qualidade de atletas. Faz jogadores jovens e com salários menores, e aí vamos tentar diminuir essa dívida que o clube tem.
Ou investimos em jogadores prontos para tentar ser time competitivo e ter chance de campeão”, explicou. Ceni admitiu que prefere a segunda opção por acreditar que um time competitivo pode trazer também mais recursos futuros. Mas este será o passo seguinte no processo de planejamento. Antes, é preciso saber se a Libertadores entra na conta, o que está cada vez mais difícil.