O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Itamaraty está mobilizando esforços para repatriar brasileiros que estão no Líbano. Ele classificou a situação no país como “tremendamente revoltante e perigosa”, alertando para o potencial de uma guerra em larga escala. “Ali o risco é de uma guerra total”, ressaltou. Em um episódio semelhante em 2006, quando Amorim era ministro das Relações Exteriores, o governo brasileiro conseguiu retirar cerca de 3 mil cidadãos durante um conflito entre Israel e o Hezbollah.
“É uma experiência dura e as rotas são mais difíceis hoje”, disse Amorim a jornalistas em Nova York, antes da reunião bilateral entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê alemão Olaf Scholz. Durante a conversa, temas importantes como o Acordo entre a União Europeia e o Mercosul devem ser discutidos. Além disso, a paz na Europa, a crise climática, o G20 e o desenvolvimento sustentável também estão na agenda. Estava previsto também um almoço de Lula com líderes de diversas nações na missão da Alemanha na ONU para tratar de questões globais.
Itamaraty condenou ataques
No final de semana, o Itamaraty emitiu uma nota condenando o bombardeio israelense em Beirute. Em nota, o governo diz que acompanha com “forte preocupação” a escalada de tensões no Oriente Médio. “O Brasil exorta as partes envolvidas ao exercício de máxima contenção e à imediata interrupção dos ataques, que ameaçam conduzir a região a conflito de ampla proporção”, diz o comunicado.
O governo também reafirmou a defesa de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza. A chancelaria brasileira disse estar em contato com os brasileiros que estão no Líbano via embaixada do Brasil em Beirute.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carolina Ferreira