O empresário Fernando Sastre Filho, motorista do carro de luxo que atingiu e matou um motorista de aplicativo em São Paulo, teve mais um pedido de soltura negado pela justiça. Em interrogatório, ele negou ter bebido no dia do acidente. Fernando Sastre Filho, condutor da Porsche que atingiu e matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, foi interrogado pelo juiz Roberto Zan Cintra da Primeira Vara do Júri da capital. Após a batida no fim de março, os policiais que atenderam a ocorrência não fizeram o teste do bafômetro em Fernando e o dispensaram do local do crime. Em uma audiência virtual, o empresário negou ao juiz ter consumido bebida alcoólica antes do acidente. Ele afirmou que acelerou o veículo para realizar uma ultrapassagem quando colidiu com o carro de Ornaldo na bifurcação da entrada da Avenida Salim Farah Maluf.
Segundo a perícia feita no local, o Porsche estava a 114 km/h no momento da colisão, enquanto o limite da via é de apenas 50 km/h. Fernando Sastre relatou não ter percebido que estava em alta velocidade, afirmando que sua sensação era de estar a 60 km/h. Após o acidente, câmeras corporais dos policiais registraram o momento em que Fernando foi dispensado pelas autoridades, dizendo que iria para o hospital. No entanto, ele não soube responder ao juiz o motivo de não ter buscado atendimento médico depois da colisão. Fernando Sastre Filho está detido na Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado de São Paulo, desde maio. O motorista da Porsche responde pelo crime de homicídio por dolo eventual. A defesa queria a soltura de Fernando após a audiência, mas a justiça decidiu manter a prisão.
Publicado por Luisa Cardoso