Neymar esteve presente em um tribunal de Barcelona, na Espanha, nesta segunda-feira (17), mesmo após atuar pelo Paris Saint-Germain, no domingo (16). O jogador ficou quase duas no local até ser liberado pelo juiz do caso para voltar à França.
“Eu gosto muito de futebol, sei que o senhor Neymar Júnior ontem estava em campo pelo PSG contra o Olympique de Marselha. Sei que estava fazendo seu trabalho e marcando um gol. Portanto, está dispensado e seus advogados saberão quando ele tem que voltar”, chegou a dizer o juiz, arrancando até um sorriso do atleta.
Além dele, os pais, Neymar e Nadine Gonçalves, e os dirigentes do Barcelona são acusados de crimes fiscais por parte da empresa DIS e pelo Ministério Público da Espanha. O processo é por conta da transferência dele do Santos para o clube catalão.
O julgamento vai até o dia 31 de outubro e, em algum momento, Neymar terá que prestar seu depoimento.
Além de Neymar e seus pais, os presidentes do Barcelona na época, Josep Bartolomeu e Sandro Rosell, estavam presentes.
A POLÊMICA
Na época em que foi vendido para o Barcelona, Neymar foi vendido 17,1 milhões de euros no anúncio feito em maio de 2013. A empresa DIS era dona de 40% dos direitos econômicos do atleta e recebeu 6,84 milhões de euros.
No entanto, em um desencontro de informações, o Barcelona chegou a divulgar que a transação custou 57 milhões de euros aos cofres do clube. Neste caso, a diferença de quase 40 milhões de euros foi paga à empresa N&N (dos pais de Neymar Jr., Neymar e Nadine). Foi aí que a batalha judicial começou, mas não parou por aí.
Com a investigação tendo início, descobriu-se que a transação teria chegado ao valor de R$ 86,2 milhões, onde estavam embutidos pagamentos por amistosos entre Barcelona e Santos, acordos entre o Barcelona e a Fundação Instituto Neymar Jr, direitos de imagem, luvas para Neymar, direito de preferência por jovens atletas da base santista e comissões para agentes.
A DIS, por meio de sua defesa, acredita que foi traída e que foram feitas manobras para reduzir o valor da venda. Se a negociação entre os dois clubes fosse 86,2 milhões de euros, a empresa teria faturado 34,5 milhões de euros e não 6,84 milhões, como aconteceu.
O principal imbróglio é que a acusação alega um termo chamado de “corrupção privada”, que só existiu na Espanha em 2014 e que sequer consta no código penal do Brasil. É nisso que a defesa de Neymar trabalha para inocentar o atleta.
Com informações do O Fuxíco*