O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou hoje (11) da cerimônia de contratação de pessoas com deficiência (PcD) para a Caixa Econômica Federal. O banco chamou 992 pessoas para o cargo de técnico bancário, aprovadas em concurso realizado em outubro do ano passado.
Com os novos funcionários, a Caixa passa a ter nos seus quadros cerca de 4.400 pessoas com deficiência, passando a cumprir a Lei 8.213/91 que determina que empresas com 100 ou mais funcionários tenham entre 2% e 5% das vagas preenchidas por trabalhadores portadores de deficiência.
“Quando assumimos só havia ao redor de 1.200 pessoas com deficiência”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. “Viajando pelo Brasil, na segunda viagem, ainda em janeiro de 2019, em Manaus, um empregado PcD me perguntou por que a Caixa não respeita a lei, que diz que 5% dos empregados tem que ser PcD”, lembrou.
Guimarães disse ainda que em 2019 a Caixa realizou um primeiro chamamento de pessoas com deficiência aprovados em um certame anterior ainda vigente. Ele disse estar orgulhoso com as novas contratações, das quais 700 pessoas já começaram a trabalhar.
Entre as funções a serem desempenhadas pelos novos empregados estão as administrativas, como relatar e dar andamento a processos, redigir correspondências, prestar atendimento a clientes e público e operar computador, terminais e outros equipamentos.
“Quando a gente passa pelas agências, as pessoas com deficiência normalmente são aquelas que atendem de uma maneira especial, porque passaram sua vida inteira sendo, muitas vezes, marginalizadas”, disse.
Durante a cerimônia de entrega dos crachás para os novos funcionários, Bolsonaro disse que, às vezes, para fazer funcionar a legislação é preciso se colocar no lugar do outro.
“Não é apenas porque uma coisa está no papel que ela vai ser cumprida. É preciso vontade, precisamos muitas vezes nos colocarmos do outro lado do balcão”, disse o presidente, lembrando ainda de outra medida do governo, que sancionou a lei que prorroga a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para motoristas de táxis e pessoas com deficiência.
A sanção da Lei 5.149, de 2020, publicada em dezembro do ano passado, prorroga a isenção do imposto na aquisição de automóveis de até 2 mil cilindradas por motoristas profissionais, como taxistas e motoristas de aplicativos, e para pessoas com deficiência física, visual, auditiva e mental severa ou profunda e pessoas com transtorno do espectro autista.
A presidente do conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, o Pátria Voluntária, integrado ao Ministério da Cidadania, a primeira-dama Michele Bolsonaro, disse esperar que outras instituições também atendam ao que está previsto na legislação.
“Meu sonho é ver outras instituições com a mesma missão de transformar o nosso país em um país mais inclusivo. O grande desafio permanece, precisamos derrubar os preconceitos, mudar nossos olhares, aceitar o próximo como um brasileiro capaz, determinado e não como alguém limitado”, disse.
Edição: Fernando Fraga