Brasil é o quarto país do mundo que mais mata ambientalistas

Foto: Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)

Ficando atrás da Colômbia (65 mortes), México (30) e Filipinas (29), o Brasil somou 20 assassinatos em 2020. De acordo com o relatório Last line of defence, da ONG Global Witness, o Brasil está no ranking como o quarto país do mundo e o terceiro da América Latina que mais matou ativistas do meio ambiente em 2020. A ONG coleta dados sobre mortes de ambientalistas desde 2012.

De acordo com o levantamento, em 2020, foram registrados 227 ataques letais – uma média de mais de quatro pessoas por semana – tornando o ano mais perigoso já registrado para as pessoas que defendem suas casas, terras e meios de subsistência e ecossistemas vitais para a biodiversidade e o clima.

Nos casos em que os defensores foram atacados por proteger ecossistemas específicos, 70% estavam trabalhando para defender as florestas do mundo do desmatamento e do desenvolvimento industrial. No Brasil e no Peru, quase três quartos dos ataques registrados ocorreram na região amazônica de cada país.

Seguindo a tendência de anos anteriores, quase 90% das vítimas em 2020 eram homens. Já as mulheres sofreram formas de violência específicas de gênero, incluindo a sexual. Além disso, mais de um terço dos homicídios no mundo visaram povos indígenas, que foram alvos de cinco a cada sete assassinatos em massa. 

com informações do relatório Last line of defence*