O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) busca resolver um impasse com o setor evangélico após o Centrão passar a pressioná-lo pela indicação de um novo nome para a vaga em aberto do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI); da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF); e de Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), articulam para que o nome de Alexandre Cordeiro de Macedo, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
André Mendonça, advogado-geral da União, foi o nome apresentado por Jair Bolsonaro após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, em julho. Tido como ‘terrivelmente evangélico’, sua indicação passou a incomodar o Centrão.
Silas Malafaia, tido como um dos conselheiros de Bolsonaro, afirmou que qualquer nomeação ao STF deverá passar pelo crivo evangélico. “Estão pensando que vão chegar para o presidente com um nome qualquer, mas o presidente vai perguntar para gente, e vamos dizer ‘não, não reconhecemos esse cara’. A única coisa é que o presidente vai perguntar se o camarada é terrivelmente evangélico ou não porque ele não tem ideia. Não adianta esses caras armarem alguma coisa, dizendo que João ou Manoel ou sei lá quem é terrivelmente evangélico que nós vamos dizer ao presidente sim ou não”.
Já Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), deputado federal, segue na linha do líder religioso e diz que, “se reprovarem o André, quem vai dizer outro nome é a lideranca evangélica. Não vamos aceitar quem não seja evangélico indicar ninguém ao presidente”.