Em seu terceiro dia no litoral paulista, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saiu para passear de moto no Guarujá, com um capacete sem viseira e sem usar máscara contra o coronavírus, que é obrigatória em São Paulo. Segundo informações do site G1, o passeio foi do Forte dos Andradas, onde está hospedado, até a praia da Enseada, onde parou no quiosque para falar com apoiadores e tirar fotos.
O uso de máscara é obrigatório no Guarujá, por decreto da Prefeitura. O uso de capacete sem viseira também está em desacordo com a regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Art.244), é caracterizada como infração média, com multa de R$ 130,16 e retenção do veículo para regularização.
No sábado, Bolsonaro foi multado em R$ 500 pela Prefeitura de Peruíbe por não usar máscara. Ele fez a travessia com a balsa de veículos que liga Guarujá e Santos e depois foi para o munícipio, que fica distante 113 km do Guarujá, onde visitou uma feira livre e comeu pastel, causando aglomeração.
Neste domingo, o presidente reclamou que não poderia ao jogo do Santos e Grêmio, na Vila Belmiro, por não estar vacinado. A reabertura dos estádios prevê a apresentação de comprovante com duas doses de vacina anti-Covid-19 ou comprovante da primeira dose mais um teste negativo com validade de 48h para os do tipo PCR ou 24h para os testes de antígeno. Bolsonaro diz não ter se vacinado e o Palácio do Planalto determinou sigilo de 100 anos no cartão de vacinação dele.
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Nesta segunda-feira, ao parar no quiosque, ele comentou a crise hídrica e a escalada dos preços. Deu a entender que a crise hídrica está no fim e atribuiu a inflação ao lockdown para conter a transmissão do coronavírus, como já havia dito no domingo.
“Estamos na maior crise, acabou praticamente. Mas a maior crise hidrólogica dos últimos 90 anos. Todo mundo está sofrendo com isso”, afirmou Bolsonaro, dizendo que tudo veio da política do “fique em casa que a economia a gente vê depois”.