O Tribunal de Siena, na Itália, absolveu nesta quinta-feira (21) o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi e o pianista Danilo Mariani por corrupção em atos judiciários. Segundo os magistrados, que se reuniram por cerca de uma hora para discutir o fechamento do caso, o “fato não existiu”.
Os dois eram investigados no âmbito da ação “Ruby ter”, o terceiro desdobramento sobre as famosas festas “bunga-bunga” em suas mansões. O ex-premiê era acusado de ter dado dinheiro para que Mariani mentisse em seu depoimento sobre o que acontecia nas festas, que contavam com a presença de prostitutas.
O nome refere-se ao apelido da modelo marroquina Karima el Mahroug, pivô do escândalo sexual que abalou a imagem do ex-primeiro-ministro.
Por conta dos constantes problemas de saúde do líder do Força Itália, o Tribunal adiou o anúncio da sentença por oito vezes e dividiu o processo em duas partes: uma sobre a corrupção e outra sobre o falso testemunho do músico. Sobre o último crime, Mariani pegou dois anos de detenção.
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Após o resultado, um dos advogados do político, Enrico De Martino, comemorou a decisão e disse que houve justiça.
“Grandíssimo resultado. Todos os dois absolvidos de maneira plena. Estou verdadeiramente contente. Não se enganem: esse é o justo epílogo desse processo e deveria, talvez, ser parado um pouco antes”, afirmou aos jornalistas.
O defensor afirmou que conversou com Berlusconi , que está em Bruxelas para reunião política, e disse que o ex-premiê “está evidentemente aliviado e satisfeito”.
Berlusconi responde a processos semelhantes em Milão e em Roma, por suborno de testemunhas, mas que envolvem dezenas de outras pessoas. Esses também estão previstos para terem suas sentenças anunciadas ainda em 2021.