O humorista Batoré, que morreu na última segunda-feira (10) , resolveu com sucesso – antes de partir – uma rusga de anos envolvendo o SBT. Em 2003, a demissão de seu personagem do programa “A Praça é Nossa”, pegou não somente o público, mas também o próprio artista, de surpresa. À época, ele acreditava que tinha sido cortado do humorístico por Carlos Alberto de Nóbrega, então ficou 13 anos sem falar com o apresentador.
A rixa, por sua vez, foi resolvida décadas depois, mas causou constrangimento e vergonha ao ator. “Eu me envergonho de ter chegado a esse ponto”, admitiu ele, em entrevista ao Uol, em 2017. Por 13 anos, o ator acreditou ter sido vítima de uma “traição”. “Achava que tinha colocado meu nome na lista [de demissões]. Quando fui falar com ele, ele só abaixou a cabeça. Não discuti nem nada, até porque tenho um respeito muito grande por ele, faz parte da minha história, mas ficamos 13 anos sem nos falar porque achei covardia”, complementou Batoré.
O imbróglio chegou ao fim apenas em 2016, quando o ator ficou sabendo que sua saída foi determinada por Silvio Santos por motivo de “corte de custos”. A informação foi revelada pelo próprio Carlos Alberto de Nóbrega, em entrevista a Mauricio Stycer. Após o mal-entendido, em 2019, Batoré retornou ao banco da “Praça” para uma participação especial. Em nota enviada à imprensa, o SBT lamentou a morte do humorista. “É com profundo pesar que o SBT lamenta o falecimento de Ivan Gomes, o Batoré, nesta segunda-feira (10), em decorrência de complicações causadas por um câncer. Ele estava internado na Unidade de Pronto Atendimento de Pirituba, zona oeste de São Paulo.