Os gastos milionários dos políticos amazonenses sempre foram comentados e até denunciados. Em quase dois anos de pandemia da Covid-19, se esperava que esse gasto fosse até menos, mas não foi bem assim que entenderam os senadores do Amazonas. Os três senadores, Omar Aziz (PSD ), Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério (PSDB) gastaram muito bem essa parte do Cotão na parte de comunicação, tudo está no portal da transparência do senado federal.
Foram mais de R$1,5 milhão de gastos nos onze primeiro meses do ano, 10% a mais do que o ano de 2020, durante a pandemia. Aos olhos da sociedade, isso é visto como um gasto desnecessário em meio a tantas outras necessidades da população, como foi o caso de vários municípios do Amazonas que ainda sofrem com a cheia histórica, com produção familiar e escoamento de produtos inacabados, e sem previsão para nova produção em algumas cidades.
Desse valores a maior parte do valor utilizado, a partir do Cotão, foi direcionada para a “contratação de serviços de apoio ao parlamentar”. Foram R$ 670 mil (64,2% do total) para consultoria em desenvolvimento de conteúdo multimídia (redes sociais), gerenciamento e estratégias de mídias digitais e online, consultoria em comunicação e marketing e produção de material gráfico e impresso. O que se sabe, é que praticamente a um ano das eleições de 2022, esses gastos podem aumentar.
Gastos
Omar Aziz, que nos bastidores é tratado como pré-candidato à reeleição, destinou R$ 270 mil às empresas Uplink Assessoria e Consultoria e Caravelas Consultoria e Comunicação; Eduardo Braga, considerado pré-candidato ao Governo do Amazonas, pagou R$ 250 mil à empresa L Coelho Serra; Plínio Valério direcionou R$ 150 mil à empresa C Freitas do Nascimento. Cada um destinou sua parte a área da comunicação. Omar Aziz sendo candidato à reeleição já era esperado o uso maio dessa verba, o que pode ser maior em 2022.
O senador Omar Aziz foi o que apresentou o maior gasto, em 2021: R$ 452.580, ou, 525% a mais que no ano anterior, quando sua média de gastos para 10 meses foi de R$ 72,4 mil. Em 2020, ele foi o que menos utilizou o benefício entre o trio de parlamentares. Os gastos do atual exercício incluem a participação de Omar, como presidente, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que apura as suspeitas de crimes ocorridos entre 2020 e 2021, especialmente durante os picos da pandemia da Covid-19 no País, e que indicou a maioria dos personagens a serem indiciados, entre membros e ex-representantes da cúpula do governo do presidente Jair Bolsonaro.
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