A cidade do Rio de Janeiro já tem transmissão local da nova subvariante da Ômicron, a BA.2 , informa a Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS). O primeiro caso conhecido da linhagem no município foi confirmado nesta sexta-feira (4). A Secretaria de Estado de Saúde (SES) diz ter identificado também outra amostra da subvariante no estado, embora a cidade de residência deste segundo paciente ainda não tenha sido confirmada.
Segundo a SMS, o caso é de uma paciente de 43 anos que teve sintomas leves. Ela não tem histórico de viagem ou contato com alguém que tenha viajado recentemente — uma evidência, diz a pasta, de que a linhagem já provoca transmissão comunitária.
Mais contagiosa do que a versão original da Ômicron, a BA.2 pode gerar dúvidas sobre os próximos desdobramentos da pandemia na cidade do Rio, onde os indicadores se encontram em queda após o pico registrado no início de janeiro.
Embora a notícia reforce a necessidade de monitoramento da situação epidemiológica do município, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirma, contudo, que há evidências de que a linhagem já vem circulando amplamente pela cidade há semanas, sem ter provocado impacto sobre as estatísticas de casos graves e mortes.
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“A paciente não viajou nem teve contato com ninguém que tenha viajado. Várias pessoas da família dela também estavam com Covid-19 no mesmo período. A paciente pegou a subvariante localmente, o que indica que a BA.2 entrou no Rio junto com a Ômicron original”, diz Soranz.
Segundo ele, é provável que a nova linhagem já represente grande parte das infecções por Covid-19 da cidade. “Provavelmente essa subvariante já corresponde a uma parcela grande dos casos da variante Ômicron. Não há nenhum indício de que a BA.2 vá causar nenhuma alteração no cenário epidemiológico, nem de que ela tenha um comportamento diferente da Ômicron original. Alcançamos o pico da Ômicron na cidade já com a subvariante circulando em conjunto”.
De acordo com a SES, não há, até o momento, nenhum estudo que aponte as subvariantes da Ômicron como mais transmissíveis ou agressivas. A pasta reforça, contudo, a importância da dose de reforço contra a Covid-19 e a manutenção das medidas de proteção à vida, como usar máscara, lavar as mãos e evitar locais com aglomeração.