Em julho de 2022, completamos mais de dois anos da chegada do Covid-19, graças a vacinação conseguimos voltar ao “normal” a rotina do dia a dia. Porém antes da chegada da vacinação a pandemia impôs novos desafios à sociedade como um todo. É, também, o caso das instituições de ensino superior que encararam o mesmo dilema: como manter as atividades acadêmicas durante a pandemia? A solução, é claro, estava nas aulas remotas, com auxílio da internet. Mesmo assim, este não foi um trabalho simples de ser realizado.
Responsável pelos projetos bate papo com arquiteto, Empresa Júnior, Roda de conversa, e atual coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da Faculdade Santa Teresa, Melissa Toledo mesmo consolidada com mais de 20 anos de carreira no segmento de educação da área de arquitetura do Amazonas, teve uma grande responsabilidade para adaptar as aulas para seus alunos.
Logo após assumir a coordenadoria do curso em 2020 a arquiteta teve que se reinventar com a chegada da pandemia que levou as faculdades no geral a modificar o seu modo de ensino, para um método de ensino a distância.
“O curso de arquitetura e urbanismo não é aprovado para ser lecionado a distância, por conta das aulas práticas e dos projetos que são realizados em sala de aula. Para lidar com o ensino mesmo na pandemia, no primeiro semestre utilizamos os canais de whatsapp e meet como plataforma de ensino, além de se criar um grupo no whatsapp para cada disciplina ministrada”, contou Melissa.
Para a arquiteta a maior dificuldade nesse período foi a ineficiência da rede de internet em Manaus onde dificultou muitas vezes ao acesso dos acadêmicos nas aulas. Mesmo sem poder encontrar presencialmente os alunos, Melissa não deixou de passar projetos para serem realizados e acompanhou de perto fazendo assessoria deles.
No segundo semestre de 2020 a instituição criou uma própria plataforma onde ajudou aos estudantes o acesso de forma mais rápida e prática nas aulas ministradas.
“Mais de 50 alunos vieram transferidos de outras instituições para fazer o curso com a gente. O que mais percebi foi em como eles não tiveram um acompanhamento ideal na pandemia e acabaram tendo um atraso, comparado aos alunos que já estudavam conosco”, afirmou a arquiteta.
Apesar dos percalços que enfrentou inicialmente com a pandemia, atualmente Melissa já realizou mais de 10 visitas técnicas pelo centro histórico de Manaus, em bairros e escolas rurais para mostrar na prática sobre o urbanismo e patrimônio cultural, área essa que a arquiteta se especializou desde o inicio da sua carreira na Ulbra onde se formou e logo depois fez parte do corpo docente de patrimônio cultural na instituição.
A previsão de formação da primeira turma do curso de arquitetura e urbanismo é para o primeiro semestre de 2024 e até a sua conclusão a coordenadora já tem muitos planos para desenvolver de forma prática, trabalhando principalmente o net work para os acadêmicos já saírem com grandes chances no mercado de trabalho. O principal projeto desse segundo semestre será o inicio da empresa júnior, composta por estudantes de arquitetura que farão atendimento para comunidade com projetos sociais e parcerias com o poder público e privado.