O conselho deliberativo do São Paulo não vem tendo muito crédito com o torcedor nos últimos anos. Porém, a aprovação nessa semana da criação de um fundo de investimentos para quitação da dívida bancária, exatamente a que mais sufoca as finanças do clube, pode ser considerada uma bola dentro, pelo menos por enquanto. A ideia desse fundo é que o São Paulo está nesse momento adquirindo mais um empréstimo, mas que pode ser lido de maneira diferente. Ao invés de dever para diversos credores (que serão pagos também por conta do fundo de investimentos), o clube terá focada em duas instituições apenas a nova dívida. A Galápagos Capital e a OutField, as empresas que estão gerindo tal fundo, terão garantias para o recebimento do dinheiro aplicado.
Além de colocar parte da receita de partidas, o São Paulo também terá limitadores para utilizar o dinheiro. Diferentemente do empréstimo comum, em que você pega o dinheiro e sai gastando como bem entender, o São Paulo terá limite para gastar em contratações e obrigações da utilização do dinheiro para “o caminho certo”. Esse é um dos acertos da direção na gestão Julio Casares, que ainda deve mais acertos na área financeira para resolver os erros de avaliação e gasto excessivo em outros jogadores. É uma luz para o São Paulo e o torcedor tricolor de que as coisas podem melhorar lá na frente. Mas esse caminho é longo e requer, além de paciência, o entendimento de que não será fácil.