Esta segunda-feira, 9, foi marcada por manifestações pró-democracia em São Paulo e também em outras capitais do Brasil. O que se viu na Avenida Paulista foram diversas faixas, cartazes e gritos de ordem que pediam por democracia.
O ato foi organizado por partidos políticos, torcidas organizadas e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Apeoesp, CUT, sindicato dos bancários e outros.
A concentração foi em frente ao MASP e, de acordo com a organização, cerca de 50 mil pessoas compareceram. O vereador Eduardo Suplicy (PT) chegou a discursar no carro de som com a Constituição Federal nas mãos.
O principal objetivo dos manifestantes é repudiar as depredações em Brasília e pedir que Justiça lide com as pessoas que arquitetaram as invasões na Praça dos Três Poderes.
A manifestação ocorreu de forma pacífica e a Polícia Militar acompanhou de perto o movimento, mas não precisou intervir. Entrevistado pela Jovem Pan News, Wagner Carvalho de Almeida, gerente geral de uma ONG presente na manifestação, afirmou que os atos do último domingo, 8, foram um atentado à democracia.
“Eu como patriota e brasileiro tenho esse dever. Não à favor de um presidente, ou à favor de um partido político, mas da liberdade, que nós lutamos tanto para isso.
Eu vim de uma geração onde as pessoas lutavam muito por uma democracia. Foi na época de Tancredo Neves e Ulisses Guimarães, eu passei por essa parte. É um momento de, como brasileiro, fazer a nossa parte. Independente de partido político, eu estou aqui à favor da democracia e dos meus direitos como cidadão brasileiro”, declarou Wagner.
A estudante Ana Almeida, que também estava na manifestação em São Paulo, disse que as pessoas podem ser contrárias ao governo de Lula (PT), mas têm que respeitar o resultado das eleições: “A gente aturou quatro anos, agora é a nossa vez.
Ninguém saiu para quebrar nada, todo mundo aceitou. Porque isso é uma democracia, aceitar a vontade da população na sua maioria, não só o que eu quero. Eu não votei no Bolsonaro e fiquei muito triste quando ele ganhou. Votei no Lula e fiquei muito feliz quando ele ganhou. É isso, quatro anos a gente aturou, agora a população tem que aturar também”.
Já o estagiário Bruno Fonseca disse não concordar com as ideologias de esquerda, mesmo assim foi até a manifestação na Avenida Paulista: “Embora eu não votei nele, a gente tem que reconhecer que ele foi democraticamente eleito. Por isso, vim participar da manifestação. Não em apoio ao presidente Lula e ao PT, nada disso. Mas, contra o que foi feito no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto. Contra o ataque terrorista que foi feito lá em Brasília”.