Foto: Divulgação

Kathleen Foibigg, de 55 anos, conhecida como a ”pior assassina em série da Austrália” foi perdoada depois de ter cumprido 20 anos de prisão pela morte de seus quatro filhos. A mulher foi presa em 2003 por três acusações de homicídio e uma de homicídio involuntário na sequência da morte dos filhos.

Embora não houvesse provas físicas de que ela tivesse causado a morte das crianças, em todos os casos, Kathleen foi a responsável por encontrar o corpo dos filhos.

O procurador-geral de Nova Gales do Sul, Michael Daley, foi o responsável pela libertação de Kathleen Folbigg, com base nas conclusões preliminares de um inquérito que tinha encontrado “dúvidas razoáveis” quanto à sua culpa nas quatro mortes.

“Esta foi uma provação terrível para todos os envolvidos e espero que as nossas ações de hoje possam pôr um ponto final neste assunto com 20 anos”, disse Daley, que acrescentou que informaria ao pai das crianças a sua decisão. “Será um dia difícil para ele”, finalizou.

Em 2022, as autoridades australianas ordenaram que o caso fosse reavaliado, depois de um grupo de cientistas ter indicado a possibilidade de as mortes terem sido causadas por uma rara mutação genética. Os estudiosos relacionaram uma mutação genética encontrada em Sarah e Laura com uma probabilidade mais elevada de morte súbita cardíaca.

Uma investigação realizada por uma equipe internacional de 27 cientistas, constatou também que as crianças carregavam variantes raras de um gene que, de acordo com outros estudos, pode causar a morte de ratos por ataques epiléticos.

As crianças Caleb, Patrick, Sarah e Laura, morreram entre 1989 e 1999, quando tinham entre 19 dias e 18 meses. As autoridades informaram inicialmente, que as mortes por sufocamento teriam causas naturais.