O número de vendas de novos imóveis em 2021 cresceu 7.7% e fecha o ano com mais de R$1 bilhão. No ano de 2021 foram lançados 16 empreendimentos, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2020. Neste mesmo ano foram lançados 14 empreendimentos, aumento de 28,5% em relação a 2019.
Nos últimos 10 anos, houve um grande volume de lançamentos nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021 principalmente, com ofertas lançadas, de 1.240, 1.052, 3.226 e 4.413 unidades respectivamente.
As informações fazem parte do estudo de Indicadores Imobiliários do 4º trimestre de 2021, realizado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM). O trabalho foi divulgado em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24), com os dados coletados e analisados de 34 empresas incorporadoras no Amazonas.
O diretor da Comissão da Indústria Imobiliária da Ademi, Henrique Medina, destacou que no ano passado o mercado bateu o recorde de vendas e sinaliza desafios para 2022. “Este ano será de muitos desafios onde atravessaremos juros altos, aumento dos preços dos insumos da construção civil. Nossa projeção é de que o ano seja no mínimo igual a de 2021 em termos de vendas, no quesito lançamento será um pouco melhor ainda”.
Comparando o 4º trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020, há um aumento de 16% nas unidades vendidas. A soma destas vendas representa um valor geral de vendas (VGV) de R$ 291 milhões.
No terceiro trimestre o setor conseguiu em vendas um valor de R$ 274 milhões, 9,8% a menos que no segundo trimestre em que conseguiu R$304 milhões.
O Amazonas registrou no segundo trimestre o maior número da série histórica em vendas de imóveis novos. Entre abril e junho o mercado faturou R$304 milhões, o mais próximo deste valor foi identificado no terceiro trimestre de 2020, um montante de R$297 milhões.
Os bairros que representaram juntos 72,8% das unidades vendidas no 4º TRI de 2021, foram: Parque Mosaico; Ponta Negra; Tarumã; Lago Azul; Colônia Terra Nova ; Novo Aleixo.
Janeiro de 2022
Em janeiro o desempenho do mercado também demonstrou ótimos números de vendas de imóveis novos, um faturamento de R$ 91 milhões. Em relação ao VGV vendido por bairro, os que mais se destacaram foram: Ponta Negra, com R$ 23,614 milhões, seguido do bairro Parque Mosaico, com R$ 21,902 milhões, e o bairro Adrianópolis, com R$ 8,786 milhões.
Desafios
O presidente da entidade, Albano Maximo, relatou que há uma preocupação do setor com relação à aplicabilidade de taxas por parte da prefeitura nos empreendimentos de habitação de interesse social do programa “Casa Verde Amarela”.
Segundo Maximo o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) tem uma mudança de entendimento a aplicação de taxas habitacionais, especialmente do programa “Casa Verde Amarela” e isso impacta negativamente em novos projetos imobiliários.
A Ademi preparou um estudo sobre essas taxas e apresentou ao Implurb e espera reunir para esclarecer a situação.
“O entendimento deles com relação a habitações de interesse social tem uma exigência a mais do que acontece com o entendimento do Governo Federal . A gente consegue fazer o financiamento, a gente consegue enquadrar o comprador no programa de habitação social, mas se tem uma necessidade na lei de se criar uma portaria para que haja essa adequação de taxas para habitação de interesse social”, declarou Albano Maximo.