Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Amazonas lidera o ranking de estados brasileiros com o maior número de pessoas adultas inadimplentes, seguido pelo Rio de Janeiro, Amapá e Distrito Fedral. Ao todo, 53,0% da população amazonense tem alguma dívida, ou seja, mais da metade da população do Estado está negativada.

O levantamento, que apontou os cenários, foi divulgado nesta segunda-feira (27) pelo Serasa Experian e mostra que, no Brasil, a inadimplência supera a casa das 70 milhões de pessoas.

Em cinco anos, o número de brasileiros inadimplentes passou de 59,3 milhões, em janeiro de 2018, para 70,1 milhões, em janeiro de 2023, um recorde na série histórica. De acordo com a Serasa, a inflação e os juros altos são os fatores que impulsionaram o aumento da inadimplência no país no período analisado.  

Com o intuito de auxiliar os inadimplentes e auxiliar o brasileiro a quitar suas dívidas, a Serasa Experian anunciou mais uma edição do Feirão Serasa Limpa Nome, ação que conta com 425 parceiros, – entre bancos, empresas de telefonia, varejo, universidades e outros segmentos -, e oferece possibilidade de o consumidor ter o nome limpo na hora com descontos que podem chegar a 99% nas renegociações de dívidas.

O mutirão acontece até 31 de março. De acordo com a Serasa, são cerca de 365 milhões de ofertas de negociações, sendo que 30% desse total (113 milhões) oferecem a possibilidade de quitar a dívida por até R$ 100.

Ao portal Amazônia Press, a economista e educadora financeira Roberta Veras frisou que feirões voltados para esse segmento oferecem uma possibilidade menos burocrática e mais rápida para que a população consiga sair do estágio de inadimplência. Além disso, a educadora financeira destacou a importância de a população saber negociar de uma forma que o indivíduo não caia na inadimplência novamente.

“Porque não é problema você ter dívidas, mas sim se tornar inadimplente, e quando regulariza essa inadimplência, automaticamente consegue organizar mais a sua vida financeira, inclusive pagando os menos juros e menos multas. Nesse processo, é importante você saber negociar de uma forma que tanto a parte da pessoa que você está devendo quanto a sua consigam chegar em um valor que você possa em um curto, médio ou longo prazo, honrar esse compromisso para que você não caia na inadimplência novamente. Muitas vezes, quando não existe a negociação, o indivíduo ele aceita qualquer parcela e ele se quer fez o exercício de saber se essa parcela realmente cabe no bolso dele e se ele vai conseguir honrar no médio ou no longo prazo”, explicou.

A economista Denise Kassama ressalta que aquela tradicional frase “devo, não nego, pago quando puder” precisa ser urgentemente substituída pela frase “devo, não nego, pago como puder”. Segundo a especialista, não é o fato da dívida ser ignorada e protelada, que ela vai sumir.

“Muito pelo contrário, só tende a aumentar. Para se ter uma ideia, quando não se paga a fatura integral do cartão de crédito, e deixa um valor para pagar depois, se chama crédito rotativo. Pois bem, os juros do rotativo do cartão de crédito estão na ordem dos 400% ao ano. Quando você entra no limite da sua conta corrente e gasta lá no negativo, os juros do cheque especial estão na casa de 8% ao mês. Então a só aumenta por conta dos juros, de multas e etc. Mas quando você vai em um feirão de negociação e negocia a dívida com o seu credor, a partir do momento que você entra nessa negociação, os juros se cessam. Naquele momento se vê o montante da dívida”, analisou.

Complementou ainda: “Geralmente quando tem esses feirões eles são bem legais porque há uma redução dos juros e das multas. Então, no total, a dívida acaba caindo e você consegue negociar o valor em uma parcela que caiba no seu bolso. Isso é muito importante, porque o nome sujo na praça é ruim para todo mundo. Você não consegue crédito e fica impedido de fazer um monte de coisas. Então, se você está endividado, está mais que na hora de ir a um desses feirões e negociar a sua dívida. Você consegue não só reduzir o montante total, como encaixar em parcelas na medida do seu bolso”.

A negociação pode ser feita pelo site www.serasa.com.br, app Serasa no Google Play e App Store, 0800 591 1222 (ligação gratuita) ou WhatsApp 11 99575–2096. Haverá atendimento presencial nas mais de 11 mil agências dos Correios distribuídas, com pagamento de uma taxa de R$3,60.