No Estado do Amazonas, a distribuição de gasolina é uma atividade que possui uma significativa margem de lucro para as revendedoras. De acordo com dados disponibilizados pela Petrobras no painel “Como são formados os preços”, as revendedoras acrescentam o valor de R$ 1,92 no preço da gasolina comum, representando 29,1% da composição do preço final do combustível vendido localmente.
A Refinaria da Amazônia (REAM), antiga Refinaria de Manaus (Reman), foi comprada pelo Grupo Atem por US$ 257,2 milhões (equivale a R$ 1,3 bilhão na conversão atual), em 2022 no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A política de preços da refinara ficou a cargo do grupo empresarial desde a aquisição e passou a vender uma das gasolinas mais cara do país.
No processo de revenda e distribuição de gasolina, atuam diferentes agentes no Estado do Amazonas. Dentre eles, estão empresas como Ipiranga, Equador, Raízen (na bandeira da Shell) e o grupo Atem, que também possui postos de combustíveis. Essas empresas recebem a gasolina refinada pelo valor de R$ 3,28 e, ao chegar na distribuição, esse combustível passa a custar R$ 5,20 devido à margem de lucro adicionada.
Preço para o consumidor final no AM
Nos postos de combustíveis do Amazonas, o valor da gasolina para o consumidor final é de, no mínimo, R$ 6,59. Nesse cálculo, também estão inclusos R$ 3,99 de impostos federais (R$ 0,69) e ICMS estadual (R$ 1,22), além de R$ 0,68 referente à adição de etanol.
Comparação com outros Estados
Em relação aos demais estados brasileiros, a Petrobras divulgou informações sobre 18 unidades da federação. Entre elas, além do Amazonas, estão Alagoas (R$ 1,18), Ceará (R$ 1,62), Distrito Federal (R$ 0,99), Espírito Santo (R$ 1,21), Goiás (R$ 0,89), Maranhão (R$ 1,09), Mato Grosso (R$ 1,03), Minas Gerais (R$ 0,85), Paraná (R$ 1,31), Paraíba (R$ 1,24), Pará (R$ 1,29), Pernambuco (R$ 1,32), Rio Grande do Norte (R$ 1,15), Rio Grande do Sul (R$ 1,06), Rio de Janeiro (R$ 0,96), Santa Catarina (R$ 1,12) e São Paulo (R$0,90).
Impacto da margem de lucro na distribuição de gasolina
A significativa margem de lucro na revenda de gasolina no Estado do Amazonas reflete diretamente no preço final cobrado aos consumidores. A adição de R$ 1,92 pelas revendedoras corresponde a aproximadamente 29,1% do valor total cobrado pela gasolina comum. Esse valor, somado aos impostos e à adição de etanol, resulta em um preço final elevado para o consumidor final.
Possíveis razões para a alta margem de lucro no Amazonas
Existem alguns fatores que podem contribuir para a alta margem de lucro na revenda de gasolina no Amazonas. Dentre eles, estão os custos logísticos elevados devido à difícil e extensa malha viária na região, assim como o transporte fluvial utilizado para distribuição do combustível em áreas mais remotas do estado. Além disso, a demanda e o consumo de gasolina no Amazonas também podem influenciar na precificação do produto.
Impacto nos consumidores amazonenses
A elevada margem de lucro na revenda de gasolina no Amazonas impacta diretamente os consumidores do estado, que precisam arcar com preços mais altos na hora de abastecer seus veículos. Essa situação pode gerar um impacto negativo nas finanças pessoais dos amazonenses, além de contribuir para o aumento dos custos de transporte e de produtos que dependem do combustível para sua produção e distribuição.
* Com informações da Agência Cenarium Amazônia