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Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio de sua filha Isabella, de 5 anos, em um caso que chocou o Brasil em 2008, foi submetido a um novo exame criminológico nesta semana, no qual reiterou sua negativa em relação ao crime.

Durante a avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Nardoni afirmou novamente que buscará o esclarecimento dos fatos enquanto estiver vivo, reiterando sua posição de inocência quanto à morte de Isabella.

O relatório conjunto da SAP, no entanto, recomenda sua progressão para o regime aberto, destacando que Nardoni é uma pessoa “lúcida”, “cooperativa” e tem cumprido as normas institucionais sem intercorrências. O documento afirma não haver contraindicação psiquiátrica no momento para a progressão penal.

A assistente social que participou da avaliação descreveu que Nardoni tem consciência da gravidade do crime, embora não demonstre arrependimento por algo que afirma não ter cometido. Ela relata que ele não consegue entender os motivos da tragédia que afetou sua família e que parte dele morreu com a filha.

Nardoni, segundo a avaliação, encara o encarceramento como um processo doloroso, porém de aprendizado contínuo, e ao longo dos anos tem apresentado recursos buscando provar sua inocência e identificar o verdadeiro culpado pelo crime.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP), que é contrário à ideia de liberá-lo para o regime aberto, descreveu Nardoni como um “criminoso atroz, cruel e desumano”. O caso ainda está sob análise da Justiça.

Atualmente, Alexandre Nardoni cumpre pena no regime semiaberto na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, interior paulista, conhecida como a “Cadeia dos Famosos”. Sua defesa solicitou a progressão de regime após o cumprimento do período necessário para pleitear o benefício.

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