Com o objetivo de forcar o governo a diminuir o preço do combustível, caminhoneiros de todo país marcaram uma paralisação para esta segunda-feira (1/2).

Às 7h de hoje, o Ministério da Infraestrutura e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgaram boletim informando que todas as rodovias federais tinham fluxo livre, sem pontos de retenção.

No mesmo horário, caminhoneiros faziam uma manifestação que interditou duas faixas da Rodovia Castello Branco, na altura de Barueri (SP), no sentido Capital, mas com pauta diferente daquela apresentada pelas entidades que convocaram a greve.

A insatisfação com o presidente Jair Bolsonaro também aflorou, ao qual muitos o acusam de traição. No campo das entidades representativas, há divisão.

Outros pontos questionados são os baixos preços dos fretes e o descumprimento da lei que prevê o piso mínimo de fretes, medida cuja constitucionalidade está para ser analisada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

“Traição”

No domingo, um áudio compartilhado em grupos de caminhoneiros inflamou ainda mais os grevistas. Para o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, a divulgação dificultou o trabalho de convencimento dos demais membros da categoria.

No áudio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, conversa com um caminhoneiro da cidade gaúcha de Capão da Canoa e descarta negociação com grevistas. Outros trechos são apontados por caminhoneiros como deboche. Eles reclamam que o ministro teria dito que eles precisam “desmamar” do governo e começar a “pensar como empresários”.