Foto: divulgação

Acusado de se passar por assessor do Centro de Biotecnologia da Amazônia, Ronaldo se pronuncia e alega vínculos profissionais com a FUEA

Ronaldo Fonseca da Silva Junior, de 37 anos, cujo nome apareceu recentemente em matérias alegando falsa representação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), sob gestão da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), quebrou o silêncio em relação às acusações.

Em uma nota enviada à redação, Ronaldo defendeu sua participação em tratativas que levaram a FUEA a assumir a gestão do CBA. Ele alega ter um histórico de conhecimento técnico, adquirido quando presidiu o Instituto Everest (anteriormente ITN), e que participou de assinaturas de termos de cooperação com a FUEA. 

Ronaldo também afirmou ter recebido pagamentos por seus serviços, realizados por Elias Moraes de Araújo, Saulo Melo de Araújo (filho de Elias e lobista da diretoria), além de pagamentos via Pix e cédulas rastreáveis em sua conta.

De acordo com o site “Am Post”, o vice-diretor da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos(FUEA), Carlos Henrique, descobriu que Ronaldo estaria se passando por representante da organização e medidas cabíveis foram tomadas. No entanto, Ronaldo alega que possui provas documentais de sua participação em reuniões com a diretoria da FUEA, incluindo Elias Moraes de Araújo e Saulo Melo de Araújo.

Ronaldo negou envolvimento em tráfico de influência e enfatizou sua disposição para prestar esclarecimentos tanto à sociedade amazonense quanto aos órgãos de controle.

Nossa redação recebeu uma nota do advogado identificado como Euclides, representando Ronaldo Fonseca da Silva Junior. A nota responde às acusações de falsa representação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e apresenta a perspectiva de Ronaldo sobre o caso. As alegações e a resposta do acusado estão no centro de uma controvérsia em Manaus, gerando debates e questionamentos na cidade. Continuaremos a acompanhar o desenvolvimento dessa história.

Confira a nota na íntegra:                                                                                             

Na noite do dia 17.09.2023, fui surpreendido por matéria veiculada nas redes sociais, em especial nos blogs CM7 e AMPOST, de matéria noticiando que me apresento de forma equivocada como representante do CBA atualmente administrado pela FUEA, perante a sociedade amazonense. Afirmo com a devida convicção que durante vários meses participei de forma constante, de todas as tratativas, do processo que levou a FUEA a assumir a gestão do CBA. 
Meu trabalho é decorrente do grande conhecimento técnico, que adquiri quando fui presidente ITN que agora chama-se Instituto Everest, onde participei de assinatura de termo cooperação com a FUEA, momento que construí vínculos profissionais e pessoais, com a atual diretoria da FUEA. Foram meses de assessoria, com a promessa de ser investido em cargo de diretoria, o que não ocorreu, contudo, meus pagamentos foram devidamente realizados pelos senhores Diretor Executivo ELIAS MORAES DE ARAÚJO, SAULO MELO DE ARAÚJO (filho de Elias e lobista da diretoria) e pagamentos via crédito em conta da própria FUEA. 
Importante ressaltar que tais pagamentos foram realizados em conta, e alguns em Pix, e em cédulas com saque facilmente rastreável.
Em relação às declarações do diretor CARLOS HENRIQUE SOUZA (primo e advogado do ex- deputado Wallace Souza), nos causa estranheza, pois tenho vasto acervo probatório comprovando participação de reuniões onde o mesmo sempre esteve presente e ciente da assessoria realizada.
Em reunião em Brasília acompanhando o Diretor Executivo ELIAS MORAES DE ARAÚJO, SAULO MELO DE ARAÚJO (filho de Elias e lobista da diretoria).
Sempre fui procurado pelo empresariado, para esclarecimentos técnicos quanto possíveis projetos com a FUEA e CBA, contudo como fui orientado pela diretoria na pessoa do Diretor Executivo ELIAS MORAES DE ARAÚJO, que além de afirmar que meu trabalho estava avalizado por toda diretoria, direcionava as tratativas ao lobista, seu filho SAULO MELO DE ARAÚJO, sem minha participação, em hipótese alguma por minha parte ocorreu tráfico de influência.
Tenho tranquilidade, que minha conduta foi dentro da legalidade e profissionalismo, e que a prometida nomeação de minha pessoa para participar da diretoria do CBA, jamais foi uma imposição, sendo democrático a sua negativa.
A CBA é instituição da maior importância para o desenvolvimento da Amazônia, não podendo ser objeto de má gestão, e interesse pessoais, e sim direcionada ao interesse público.
Não tenho conhecimento ou responsabilidade da origem dos valores recebidos, se foram ou não frutos de atos ilícitos cometidos pela diretoria da FUEA, em especial ao trio Diretor Executivo ELIAS MORAES DE ARAÚJO, SAULO MELO DE ARAÚJO (filho de Elias e lobista da diretoria) e o diretor da família Souza CARLOS HENRIQUE SOUZA.
Estarei sempre a disposição para prestar os devidos esclarecimentos, tanto à sociedade Amazonense, quanto ao Ministério Público Federal / Estadual e demais órgãos de controle.

Manaus, 18 de setembro de 2023.

RONALDO FONSECA DA SILVA JUNIOR

NOTA