Serviço é realizado com mães que têm filhos internados na unidade e com as mulheres em que os bebês já receberam alta hospitalar
As ligações, as trocas de mensagens e os envios de áudios ocorrem diariamente entre profissionais de saúde e as mães que acompanhadas pelo serviço de Acolhimento Materno do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Com a suspensão temporária das atividades presenciais, em decorrência do aumento de casos de covid-19 e outras síndromes gripais, a supervisão segue à distância.
“Nós estamos dando continuidade ao serviço com as genitoras e com alguns pais também. Com a paralisação, novamente, a gente deu continuidade ao serviço à distância, com a ligação, incentivando a extração manual do leite materno, entre outras orientações”, explica Cláudia Hemerita, terapeuta ocupacional e coordenadora da atividade.
Além das mães que continuam com os pequenos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), são acompanhadas também as mulheres em que os filhos já receberam alta hospitalar. “Para as mães que já tiveram alta do bebê, a gente continua fazendo essa ligação para saber como está esse bebê, a sua evolução, o vínculo mãe e filho, além da chegada do bebê junto à família”, afirma Hemerita.
Profissionais de saúde do Hospital César Cals dão assistência individual aos pequenos pacientes
Fernanda Santos, 30, moradora de Caucaia, que deu à luz Hercules Jacob, prestes a completar quatro meses, veio ao HGCC para realizar o teste do ouvidinho. Aproveitou a oportunidade e passou pelo Acolhimento Materno, onde recebeu orientação quanto ao estímulo auditivo do filho. Ela lembra da assistência que recebeu durante todo o tempo em que esteve no hospital. “Foi muito importante. Lidar com a UTI não foi fácil. Aqui, a gente conversa, é acolhida, trocamos experiências. Agora, temos um grupo (virtual) para troca de mensagens”, avalia Santos, já com o filho em casa.
Mães que continuam com os filhos internados recebem, principalmente, orientação em relação ao leite materno. Nas chamadas de vídeos, a terapeuta busca abordar fatores que estimulem a produção do alimento. Quando elas vêm ao hospital para deixar o leite ordenhado, aproveitam para conversar e receber esse suporte em atendimento individualizado.
Acompanhamento é feito por ligações ou trocas de mensagens
É o caso de Luzia Oliveira de Souza, 24, da cidade de Maranguape, que se diz sentir apoiada nesse momento em que o filho continua internado. “Eu acho muito bom. Não tenho ninguém para conversar. Então, sinto esse apoio. As orientações são importantes”, pontua a mãe de Lorenzo Luís, nascido em 25 de novembro. A cada dois dias, Souza vem ao hospital para doar leite materno.