Sabe-se que existem vários tipos de abuso, podendo ser físico, sexual, social, psicológico. Vamos conversar hoje sobre o abuso sexual, violência sexual e o assédio sexual.
O termo é forte e assustador, vou tentar não ir tão profundo para não deixar o tema mais pesado do que já é, precisamos falar desse assunto para alertar e comover a sociedade de um problema muito antigo, mas, que infelizmente ainda hoje acontece. Vale lembrar que não só as mulheres sofrem, crianças, adolescentes, homossexuais, mulheres trans, não importa, violência é violência e precisa ser combatida.
O problema é bem maior do que você pode imaginar, as estatísticas oficiais levantam dados assustadores, são dados de pessoas que denunciam, além desses dados, existem os abusos que não são denunciados, os motivos para não denunciar são enormes, medo, vergonha, culpa, por trás do silêncio de muitas vítimas existe a dor emocional e psíquica, transformando a vida em um pesadelo.
Apesar das Leis e de haver a delegação das mulheres, o ECA, muitas vítimas se sentem constrangidas em denunciar.
O assédio se denomina pelo ato de importunar uma pessoa de forma repetitiva, esse comportamento abusivo pode ser visto por mensagens de cunho sexual, importunação pública, no ambiente de trabalho, propostas indecorosas, de forma virtual ou presencial. É percebido no ambiente de trabalho quando a vítima é submetida a situações constrangedoras. No começo, acontece geralmente de forma sutil, onde alguém de posição superior impõe ao outro seus torpes desejos.
O abuso é a atividade sexual não permitida, a vítima é levada à força a atividades sexuais não permitidas, muitas vezes são realizadas por superiores hierarquicamente falando.
Precisamos entender que a pessoa vitima dessa violência tem medo de ser julgada pela sociedade, pela família ou amigos, já que muitas vezes o agressor é alguém muito próximo ou até da família, medo de sofrer represália por seu agressor ser figura pública e importante, vergonha por se sentir culpada e ainda tem a burocracia das investigações, ter que repetir muitas e muitas vezes sua história, sensação de impunidade e por fim ter que conviver com tudo que aconteceu.
A dor é na alma, no silêncio da noite, no cair da chuva é que a vitima se encontra com seus medos, imaginando que não tenha para quem contar ou pedir ajuda, ainda mais quando se trata de crianças, adolescente, pessoas vulneráveis ou pessoas com incapacidades de se defender, como o caso de vítimas com deficiência mental ou física ou alguém que esteja sobe efeito de álcool ou droga.
Os dados revelam que o aumento de pessoas que deveriam cuidar pode ser as pessoas que abusam.
Existe o estupro marital pouco falado e que quase ninguém tem conhecimento, infelizmente é um dado mais comum do que se imagina e que geralmente passa em silêncio por sua vítima. Pelo fato de haver relação sexual entre os casais, muitas sociedades não consideram uma violência. Crenças como, por exemplo, “é obrigação” da mulher manter relações sexuais com seu marido. Levantamentos da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) relatam que apenas 52 países consideram o sexo forçado na união como uma violência, para 193 países não o consideram. https://mundoeducação.uol.com.br
Algumas mudanças já foram realizadas, mas todos nós sabemos que falta muito a ser feito para que os criminosos possam ser julgados e punidos de forma mais eficiente, sabe-se que as vítimas terão um trauma para ser levado em sua vida, mas é necessário que possa receber ajuda psiquiátrica, psicológica e jurídica, na tentativa de minimizar o máximo possível os prejuízos.
A Lei 14.432/22 institui a campanha maio laranja, dedicada à promoção de ações de enfrentamentos e conscientizações a respeito da violência sexual contra crianças e adolescentes, que deverá ser realizada todos os anos, em todo território nacional, com ações efetivas.
A Lei 9.970/2000, que institui o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, em memória de Araceli Crespo, assassinada aos oito anos em Vitória (ES), em 1973. Fonte: Agência Câmara de Notícias.
Enquanto não houver punição eficiente para quem comete esses crimes, o problema continuará, é preciso que a sociedade cobre das autoridades mudanças nas leis para que os culpados sejam punidos com rigor. É nosso papel proteger nossas crianças e todas as pessoas que precisam de proteção. Não dá para não enxergar o abuso que está acontecendo na Ilha de Marajó (Pará). Temos que falar a respeito e buscar ajuda.
Peço sua compreensão para o texto, mas precisava falar.
Um forte abraço e fica com Deus.