Desde o dia 7 de outubro, quando ocorreram os primeiros bombardeios no conflito entre o grupo extremista Hamas e Israel, a violência desses ataques e a divulgação em tempo real nas redes sociais têm gerado medo entre os apoiadores, tanto da Palestina quanto de Israel, tornando essa questão ainda mais evidente com o advento na mídia.
A professora universitária e empresária, Dayse Bezerra, esteve em Israel há cerca de dois meses para visitar parte de sua família que reside lá. Ela descreveu o quão prazerosos foram seus dias vivendo em locais históricos como Tel Aviv, a Galileia, Jericó, o Mar Morto e outros pontos turísticos. Segundo ela, o país era considerado seguro devido ao constante patrulhamento militar, detectores de metais e monitoramento por câmeras, especialmente em grandes aglomerações, com destaque em Jerusalém.
Dayse está preocupada com seus familiares que ainda estão em Jerusalém e relata o esquema de segurança que eles e muitos israelenses têm adotado, como bunkers estrategicamente construídos nas casas e em locais da cidade.
“Tenho familiares residentes em Jerusalém. Temos recebido notícias diárias da situação deles e da guerra. Onde eles estão é um lugar seguro. Ao ouvir as sirenes eles se protegem em bunkers, que são estruturas anti-bombas construídas em cada casa e em lugares estratégicos da cidade. Mas eles estão cientes de que não serão tempos fáceis. Mas me admiro com a esperança que eles têm e como estão preparados para enfrentar os próximos capítulos dessa história,” pontuou a empresária.
Questionada sobre a possibilidade de uma solução pacífica para o conflito, Dayse não vê uma perspectiva a curto prazo, citando as complexas questões religiosas, ideológicas, políticas, econômicas e internacionais envolvidas.
“Historicamente falando, não vejo perspectiva de tempos de paz lá e nem no mundo. Infelizmente toda guerra leva muitos inocentes de todos os lados, o que me corta o coração. Mas vejo que haverá mais desdobramentos mundiais a partir desse conflito milenar entre dois irmãos, Isaque (judeus) e Ismael (árabes). Não é apenas uma questão de conquista territorial, tem muito mais a ver com relações religiosas, ideológicas, políticas, econômicas e internacionais envolvidas, que afetam a todos”.
Ela conclui enfatizando a importância da empatia humana como uma possível solução para conflitos e a necessidade de repensar valores e conceitos. “O mais triste de tudo é ver a falta de humanidade nas pessoas ao defender uma ‘causa’ terrorista ou por mais ‘domínio’ do poder. É tempo de reflexão sobre os conceitos e valores que temos construído a partir do que a mídia ‘impõe’, e do que os partidos de domínio tentam nos convencer com seus pensamentos distorcidos. Se o amor pelo próximo esfriar de vez, aí sim será o fim de todas as coisas”, concluiu a professora universitária.