Mesmo tendo vendido mais de R$ 1 bilhão de publicidade para a cobertura da Copa do Mundo, a TV Globo já admite que a operação será deficitária e que isso vai impactar no Ebitda do grupo no exercício 2022.
Até agora, foram vendidas quatro cotas de patrocínios para a TV aberta (Itaú, Claro, Ambev e Magazine Luiza); e mais quatro para o SporTV (Ambev, Claro, Betfair e Nubank). Porém, segundo informa Gabriel Vaquer, do Notícias da TV, as contas não fecham.
Numa live interna para diretores do primeiro escalão da emissora, Manuel Belmar, diretor de Finanças, Jurídico e Infraestrutura da Globo, deu boas e más notícias aos colegas de trabalho. Ele comemorou o resultado financeiro da empresa no primeiro trimestre, com crescimento em todas as frentes. No entanto, ele advertiu que a Globo terá um rombo considerado certo por causa dos custos que a emissora terá nos três últimos meses do ano com a cobertura do Mundial.
O problema é que a cobertura de um evento como a Copa do Mundo tornou-se muito dispendioso, principalmente por causa do dólar alto. Além disso, há o valor da renegociação da dívida de uma parcela não paga à Fifa em 2020, feita após uma briga judicial, no auge da pandemia.
Então, juntando os créditos antigos e atuais da Fifa, somente de direitos autorais o custo ultrapassa meio bilhão de reais. Acrescente-se a isto as despesas operacionais, que serão altas, visto que o plano da emissora é enviar para o Catar cerca de 80 profissionais.
A meta da Globo é transmitir 56 jogos ao vivo. Nas duas primeiras semanas, a emissora terá quatro jogos por dia, das 7h às 18h. A Copa marcará o último trabalho de Galvão Bueno na casa.
Por Marcondes Brito