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O fluxo incessante de migrantes que cruzam atualmente o Canal da Mancha em barcos cada vez mais precários pôs França e Reino Unido em lados opostos.

De acordo com o Ministério do Interior britânico, mais 14 mil pessoas tentaram chegar ao país pelo estreito, excedendo os números de 2020. Só na semana passada, mais de 1,5 mil pessoas cruzaram o Canal da Mancha. E em um único dia no fim de agosto, 828 fizeram a travessia, um novo recorde estabelecido.

“Os números são inaceitáveis, então estamos agindo em todas as frentes”, disse em agosto o comandante britânico Dan O’Mahoney, responsável pelo monitoramento das águas que separam o Reino Unido da França. As agências de segurança estão desmantelando as gangues de tráfico de pessoas (que costumam operar a travessia do canal). O trabalho em conjunto com os franceses dobrou o número de policiais nas praias francesas”, acrescentou

Na quinta-feira (9), a ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, disse querer devolver à França os barcos que transportam migrantes pelo Canal da Mancha. Fontes do governo inglês confirmaram à BBC que uma equipe da Força de Fronteira britânica vem treinando há meses para iniciar a operação.


Por essa tática, autoridades britânicas forçariam os barcos de migrantes a dar meia volta no canal. Caberia, então, à guarda costeira francesa interceptar as embarcações em suas águas.

No entanto, a França se opõe ao plano. O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que “proteger vidas humanas no mar é uma prioridade”.