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Artista renomado, colecionador de um extenso currículo e detentor de inúmeros prêmios que reconhecem o seu valor na área, o ator, fotógrafo, radialista, comentarista, produtor cultural e multiprofissional Ramoniel Gomes conversou com a equipe de jornalismo do portal de notícias Amazônia Press sobre os seus desafios e conquistas em sua trajetória cultural e artística.

Ramuniel (“Ramoniel”) de Carvalho Gomes é bacharel em Comunicação Social, Pós-Graduado em Assessoria de Imprensa e Mídias Digitais. Apresentador do Programa de Banzeiro das Artes, transmitido por meio de lives do Facebook, Instagram, Twitter e Youtube no canal Quarto Poder Podcast, a personalidade já participou diversos veículos de comunicação como jornalista e assessor de imprensa, além de também ter atuado como ator e jurado em conhecidos festivais culturais.

“A arte salva, salva de verdade e eu sou testemunha viva de que arte pode salvar pessoas. Estou aqui pra contar essa história”, foi com essa frase impactante que o artista Ramoniel Gomes iniciou a entrevista exclusiva com a equipe de jornalismo do portal Amazônia Press. De início, ele relembrou a sua infância e o que o incentivou a seguir o caminho artístico/cultural.

“Quando eu tinha entre 11 e 13 anos mais ou menos, meus pais se separaram eu sofri tanto, que fiquei abalado emocionalmente e mentalmente, tive que fazer acompanhamento com profissional da saúde mental, este me aconselhou e fazer alguma atividade artística, que envolvesse música, dança, teatro, fotografia… Nessa época estudava na escola Antônio Lucena Bittencourt, no Morro da Liberdade. Lá eu conheci um grande ator profissional que hoje é meu amigo, o professor Elias Monteiro, que foi oferecer um curso de iniciação teatral. Foi quando o bichinho da arte entrou no meu sangue e, a partir daí, comecei a estudar arte e a emprestar o meu corpo para vários personagens. Sou muito grato ao Elias Monteiro, Norma Araújo e o nosso saudoso, Zezinho Correia, por terem me ajudado de todas as formas possíveis e por terem me apresentado mundo do teatro”, explicou.

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Complementou: “O divisor de águas foi quando subi no palco e vi o quanto eu estava agradando as pessoas. Ver o reconhecimento do público e saber que o meu trabalho causa entretenimento no outro e que faz bem para o meu próximo fez a minha alma sorrir e decidir que a arte iria fazer parte da minha vida para sempre”.

No entanto, vale ressaltar que até chegar no local em que se encontra no dia de hoje, Ramoniel também enfrentou inúmeros desafios. De acordo com o multiartista, uma das maiores dificuldades que enfrentou, foi justamente no inicio, não somente porque estava buscando o aprendizado e aperfeiçoamento, mas, principalmente, por não ter o apoio do próprio pai.

“Ele via a arte e o ‘ser artista’ como algo marginalizado. O meu pai, por falta de conhecimento, dizia que a arte era algo de quem não tinha o que fazer. Mas todo preconceito dele caiu por terra quando ele viu que eu estava ganhando dinheiro com a arte e o ajudando com as despesas da casa. Foi a partir disso que o meu pai começou a me ver com olhar de ter um filho artista. A arte representa a transformação da minha vida. Um jovem nascido na periferia do Morro da Liberdade que, aos poucos, foi se tornando um grande artista. Transformação é a palavra mais adequada para sintetizar o que arte e a cultura fizeram e representam na minha vida”, disse.

Durante a entrevista, Ramoniel Gomes comentou um pouco sobre o sentimento de, em tão pouco tempo, ser agraciado e homenageado com tantos prêmios. Para ele, a palavra que mais define esse sentimento de olhar para trás e ver tudo o que conquistou é “vitória”. Ramoniel já recebeu a Comenda da Cruz do Mérito da Comunicação com ênfase em jornalismo pela Câmara Brasileira de Cultura (CBC); foi condecorado com a medalha templária entre as 150 personalidades públicas do Brasil em Jornalismo Cultural durante a Solenidade do Dia do Templário no Premium Internacional da Amazônia, pelo Instituto Internacional de Comunicação e Proteção da Amazônia (ICDAM), em parceria com a Ordem Templária do Brasil – OTB; também recebeu o prêmio Melhores do Amazonas 2023, realizado pela Rádio e TV Hits.

No último sábado, dia 4 de novembro, Ramoniel Gomes recebeu mais uma homenagem para o seu currículo. A Câmara Brasileira de Cultura e Academia de Ciências e Artes o concedeu o título honorífico de Comendador da ordem da cruz do Mérito das Artes do Palco, em Santarém, no Pará.

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“Foi uma transformação de vida. Tenho certeza que se o meu pai estivesse vivo hoje, ele teria muito orgulho do homem e do profissional que eu me tornei. Eu sei que ele torce por mim de onde ele está. Falando um pouco sobre as premiações do ano de 2023, um tempo atrás, conversando com Deus sobre o meu trabalho, eu senti no meu coração que um dia seria agraciado com reconhecimento do meu trabalho, como dizem as Santa Escrituras, tudo acontece no tempo de Deus. A próxima homenagem a ser recebida será o Prêmio Brasil Guiana Francesa em jornalismo, que será realizado na Cidade do Amapá no mês de dezembro. Estou bem animado para receber mais um prêmio internacional em jornalismo e dividir esse sucesso com os meus amigos do portal Amazônia Press”, pontuou.

Por fim, o artista deixou uma mensagem de incentivo para quem sonha e almeja seguir por esse caminho artístico e cultural. Além disso, também deixou um agradecimento especial às pessoas que fizeram parte de sua trajetória e foram essenciais nessa caminhada.

“Não desista de você e do seu sonho. Estude, se dedique e não deixe de dar o seu melhor sempre. Continuando, quero deixar a minha gratidão, aos meus avós paternos in memoriam, minha vó materna, tios e tias, à minha mãe, aos meus irmãos e aos meus filhos. Gratidão aos amigos do teatro e do cinema que me ajudaram e me incentivaram com palavras de apoio. Por fim, quero deixar o meu amor e minha gratidão a essa pessoa de grande importância em minha vida que me apoia e que sempre está comigo, meu amor Claudilene Siqueira”, finalizou.

O pastores Edson Barreto Brito de Jesus e Maria Lenir Rodrigues Pinheiro, da Igreja Bíblica de Flores, também estiveram presentes na última solenidade realizada no último dia 4 de novembro, em Santarém (PA).

Da esquerda para a direita: Maria Lenir Rodrigues Pinheiro, Ramoniel Gomes e Edson Barreto Brito de Jesus – Foto: reprodução

“É uma comenda que premia as nossas ações e esforços em prol da sociedade, do bem das pessoas, da cultura e da arte. Isso nos enche de orgulho e de vaidade, mas também, nos dá uma responsabilidade muito grande por nos obrigar a melhorar e nos dedicar ainda mais o que a gente faz às pessoas na parte cultural, social, educacional e na filosófica. O homem é um ser completo e Deus nos deu talentos e eles precisam ser colocados em prática. Graças a Deus os colocamos em prática e recebemos esse grande reconhecimento. A Câmara Brasileira de Cultura é um movimento nacional, então fomos reconhecidos nacionalmente pelos nossos feitos e temos que dar muitas graças à Deus, pois toda honra e toda glória pertence à Ele”, declarou.