Glória Maria relembrou o começo da carreira e a época em que apresentava o “Fantástico”. A jornalista participou do podcast “Mano a Mano”, apresentado por Mano Brown, e contou que recebia ataques na redação da revista eletrônica da Globo quando era apresentadora.
“As pessoas mandavam cartas para a redação ou então telefonavam quando eu comecei a apresentar o ‘Fantástico’. Apresentei de 1998 até 2008, dez anos certinho, eu e Pedro Bial fomos a dupla que ficamos mais tempo apresentando o programa. Fizemos história”, relembra Glória Maria.
A jornalista também contou que comemorou muito ser chamada para apresentar o “Fantástico”, pois na época o programa não tinha repórteres e apresentadores pretos. “Eu comemorei quando eu fui chamada para apresentar o ‘Fantástico’. O ‘Fantástico’ era um programa que só tinha loiras, aí eu estou lá. Comemorei com os meus amigos. Fui feliz. Foi uma conquista da minha família, não foi uma conquista minha, o que eles fizeram por mim deu certo”, conta.
Glória Maria foi a primeira repórter negra da televisão brasileira. Ela diz que na época não percebia que estava sendo a primeira. “Nunca tive tempo de pensar. Foi sendo tão natural. Cheguei na televisão para ser radioescuta e com uma semana começaram a me mandar para rua, mas na época repórter não aparecia na televisão”, relembra.
Após quatro anos como repórter, os jornalistas começaram a aparecer na televisão, mas a jornalista conta que sentiu medo de colocar seu rosto em rede nacional. “Os repórter começaram a aparecer em vídeo e eu fui a última porque tinha medo. Tinha insegurança. Uma coisa é você estar lá invisível, só aparecia minha mão segurando o microfone, a outra coisa é ter que botar o rosto. Aí o medo pintava”, recorda.