Em outubro, asfamílias cariocas foram os que mais sentiram o peso da inflação nos alimentos,gastando, em média, R$ 809 na compra de uma cesta básica comum, que considera opreço de 22 alimentos. Já na ampliada, que são 50 produtos e inclui bebidas e itens delimpeza, higiene e beleza, a média é de R$ 1.728.
Os dados sãoda plataforma Cesta de Consumo, desenvolvida em parceria pela empresa deinteligência de mercado Horus e o Instituto Brasileiro de Economia daFundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), a qual foi lançada nesta quarta-feira. O sitefaz o monitoramento da variação de preço de duas cestas de consumo típicas dosbrasileiros pela análise da leitura mensal de mais de 35 milhões de notasfiscais.
Oacompanhando é feito nas principais capitais. Além de Rio, São Paulo,Fortaleza, Brasília, Curitiba, Manaus, Salvador e Belo Horizonte.
Depois do Rio, a cesta básica mais cara foi São Paulo (R$775,90), seguida por Fortaleza (R$ 714,80). Por outro lado, as capitais BeloHorizonte (R$ 518,50), Curitiba (R$ 592,10) e Brasília (R$ 597,10) registraramos menores valores.
Se considerar a variação de setembro para outubro, o valorda cesta de consumo básica aumentou em todas as capitais, menos na mineira. Asmaiores altas foram registradas em Curitiba (7,6%), Salvador (3,8%) e São Paulo(3,0%), em relação a setembro de 2021.
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Legumes mais caros
Na plataforma é possível ver o preço e variações por cidade e produto. Por exemplo, o arroz em outubro custava em média R$ 4,50 em Brasília; R$ 5,06 em Curitiba; e R$ $,70 em Fortaleza.
No geral, as maiores altas no mês passado foram puxadas por legumes, açúcar, café em pó, margarina e frango, o que vem alinhado com a divulgação do IBGE, também de hoje, do IPCA. Estes alimentos estão entre os que mais pesaram na inflação oficial de outubro no país.
Já ovo, arroz e feijão foram os que apresentam quedas mais relevantes na pesquisada Cesta de Consumo, da Horus-Ibre/FGV.
Roberta Carvalho, responsável técnica do projeto pelaIbre/FGV, explica que a pesquisa analisa também as subcategorias conforme aregionalidade. Por exemplo, feijão preto no Rio e feijão carioca em São Paulo,visto que o consumo se diferente em cada local.
“Fizemos um estudo para entender o volume que uma família consome em média. Por exemplo,farinha de mandioca consome mais no Nordeste do que Sudeste, por isso tem diferença nas cidades”, complementa a diretora de Novos Negócios da Horus, Luiza Zacharias.