A matéria veiculada pelo colunista Leandro Mazzini, da Istoé, com o título, “A little Hollanda na Amazônia”, confirma o que o senador Plínio Valério (PSDB-AM) vem denunciando desde que tomou posse no Senado: estrangeiros estão usando ONGs para driblar a legislação nacional e comprar grandes quantidades de terras nas áreas que tem mais riquezas no subsolo. Em entrevista ao portal Amazônia Press, o senador comentou sobre invasões de terras e biomas da Amazônia por estrangeiros.
Denúncias que Plínio vem recebendo, inclusive com cópias de escrituras de cartório provando a compra das terras, o levaram a propor a criação da CPI das ONGs para ter instrumentos legais de investigação de tais denúncias. Segundo a reportagem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está intrigado com um dossiê que recebeu: provas cabais de significativo aumento de compras de terras na Amazônia por empresas estrangeiras e, em especial, por ONGs da Europa.
A matéria diz ainda, que Pacheco atendeu ao pedido do senador Plínio Valério e dará aval para a instalação da CPI das ONGs da Amazônia, que conta com assinaturas para a abertura, já foi lida e aprovada no plenário e depende agora da indicação dos líderes partidários dos integrantes para ser instalada. Segundo o senador Plínio Valério, o presidente Rodrigo Pacheco se comprometeu a agilizar a instalação da CPI das ONGs no inicio da próxima legislatura.
“Plínio tem dados chocantes. Comprovou, por exemplo, que uma ONG holandesa comprou na cidade de Coari, no coração do Amazonas, cerca de 4 mil km quadrados de terras (um décimo da superfície de seu país). Curioso é que Coari tem grandes reservas de gás e petróleo. E não por acaso, uma das maiores petroleiras do mundo é controlada por holandeses. Não há ligação (ainda) dessa entidade com a multinacional. Mas a Polícia Federal, se provocada na eventual CPI, pode descobrir o tamanho da Europa que já cabe no Brasil. O lobby contra a CPI já é forte nos gabinetes. Adivinha de quem? Senadores da bancada do Norte e do óleo”, diz a reportagem.
“Por enquanto o que temos são denúncias que me são encaminhadas da compra de grandes quantidades de terras nas áreas mais cobiçadas do Amazonas por capital estrangeiro através de ONGs. Com a CPI e a entrada da Polícia Federal vamos ter os instrumentos legais para investigar e comprovar se as denúncias são reais. Sempre disse que minha intenção ao propor a CPI das ONGs não é demonizar as entidades que realmente trabalham pela preservação da floresta e dos povos amazônidas. Mas separar ONGs que se escondem atrás de tais objetivos para camuflar o domínio de estrangeiros em nossas terras, ameaçando nossa soberania”, explicou Plínio Valério.
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