Atualmente, existem 68 pontos de telessaúde instalados no estado, sendo 63 em área urbana e cinco em comunidades indígenas
Há 15 anos, foram dados os primeiros passos na história da Telessaúde no Brasil, por meio de iniciativa do Ministério da Saúde (MS). De forma pioneira, o Centro de Telemedicina de Parintins foi o primeiro do país, tornando-se referência nacional. Com o apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Núcleo de Telessaúde Amazonas possui um legado na universalização da saúde no estado, atuando como uma importante ferramenta de assistência à população.
Inaugurados com modernos equipamentos de telecomunicação, as unidades abriram portas para a melhoria na assistência em saúde na região, bem como para a capacitação dos profissionais da saúde e prevenção de doenças. Atualmente, existem 68 pontos de Telessaúde instalados no Amazonas, sendo 63 em área urbana e cinco em comunidades indígenas.
Coordenador do Telessaúde AM, o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, destaca a importância da aproximação dos profissionais de saúde com a comunidade.
“Quero expressar a minha felicidade de trabalhar junto com todas as pessoas envolvidas nesse projeto e de apoiá-las nas comunidades mais remotas e, também, as de conservação. Sobretudo, esse é o papel da Telessaúde UEA, que está presente nos 61 municípios do Amazonas do interior e na capital. Hoje podemos vislumbrar as conquistas e frutos desse projeto tão importante para o estado”, disse.
Serviços – A cobertura do programa busca atender as regiões mais distantes do estado, com o objetivo de alcançar a população vulnerável que reside em núcleos de conservação sustentável, comunidades ribeirinhas e áreas protegidas no Amazonas. Neste sentido, em 2020 foi iniciado o serviço de telediagnóstico na área de cardiologia, atendendo aos 61 municípios do interior, contabilizando aproximadamente 38.000 laudos de eletrocardiograma.
No âmbito educacional, destaca-se especialmente o serviço de Educação Permanente dos profissionais de saúde da Atenção Básica, por meio da teleducação, com 8.168 beneficiários que participaram das formações ofertadas.
Durante a pandemia de Covid-19 as atividades do Núcleo se intensificaram. Serviços remotos de teleducação, incluindo a realização de eventos e treinamentos, foram transmitidos a partir dos pontos de telessaúde instalados nos municípios. Moradores desses locais tiveram acesso a 20 especialidades médicas, com o apoio de 62 profissionais da área de saúde da UEA.
Nesse período, também se disponibilizou serviço de teleconsulta nas áreas de pediatria, gerontologia, entre outras. Foram intensificadas as atividades de capacitação e orientações diárias da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) a todos os municípios.
De março de 2020 a setembro de 2021, um total de 39.079 exames médicos foram realizados. Além disso, desde 2016, o canal IPTV do Telessaúde AM registrou 28.393 participações em atividades de teleatendimento e teleducação.
Apoio – Em ações contínuas de ensino, pesquisa e extensão, a UEA possibilita que profissionais de saúde da Universidade atuem no atendimento à população, bem como dispõe da participação de alunos, em um esforço visando a disseminação do conhecimento e pesquisa em saúde.
As ações se traduzem em uma estratégia importante para que sejam reduzidas as assimetrias sociais em determinadas áreas causadas pela difícil logística imposta pelas dimensões geográficas do Estado. O Núcleo atua de forma regionalizada, levando em consideração as limitações econômicas, a cultura da população, as dificuldades de acesso, entre outros fatores.
O Núcleo Estadual integra o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, que é formado por gestores da saúde, instituições formadoras de profissionais e serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo constituído por Núcleos e Pontos de Telessaúde.
A gerente do Núcleo Telessaúde AM, Waldeyde Magalhães, ressalta a importância do desenvolvimento do projeto ao longo dos anos para a melhoria da qualidade de vida da população, especialmente de cidadãos que residem em áreas remotas do estado.
“Essas atividades são muito importantes no Amazonas, considerando as questões logísticas existentes na região. Neste sentido, entendemos a importância do uso da Telessaúde para o desenvolvimento das ações mediadas por tecnologias de informação e comunicação. Ter o programa de Telessaúde institucionalizado dentro da UEA significa promover o ensino, pesquisa e extensão na área de saúde à comunidade acadêmica e profissional”, comentou.
FOTO E ARTE: Divulgação/UEA
Informações para a imprensa: Assessoria de Comunicação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA): Cristina Magda Góes (99998-4230) e Gerson Freitas (98181-1898).