O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado terrorista contra uma localidade no noroeste de Bagdá, no Iraque, no qual pelo menos 12 pessoas morreram e 20 ficaram feridas.
O ataque de terça-feira (26) contra a vila de Al-Rachad, na província de Diyala, começou com o sequestro de seis “renegados”, como o EI denomina os muçulmanos xiitas que, “após serem interrogados, foram mortos com metralhadoras”. A informação está em nota divulgada pela organização extremista, nos seus canais de propaganda no Telegram,
A nota acrescenta que os agressores esperaram por reforços das “milícias renegadas”, como chamam a Multidão Popular, uma fação majoritariamente xiita integrada às Forças Armadas, e realizaram uma emboscada.
Os habitantes da aldeia são principalmente da tribo Bani Tamim, à qual pertence o governador da província, segundo afirmaram duas fontes, após o atentado.
Nessa quarta-feira (27), as autoridades iraquianas informaram que pelo menos 12 pessoas foram mortas no ataque e 20 ficaram feridas durante outra ofensiva semelhante na cidade vizinha Nahr al Imam.
Após ascensão rápida em 2014 no Iraque e na vizinha Síria, com a conquista de vastos territórios, o EI viu o seu “califado” vacilar sob o impacto de sucessivos ataques nesses dois países.
O Iraque anunciou a derrota dos jihadistas no final de 2017, e a Síria declarou em 2019 vitória sobre o Estado Islâmico, que, no entanto, continua a ser uma ameaça e a realizar ataques em ambos os países.
No início de setembro, 13 membros da Polícia Federal iraquiana foram mortos em ataque do EI ao seu posto de controle perto de Kirkuk (norte).
Segundo relatório da ONU publicado no início de 2021, a organização jihadista mantém 10 mil combatentes ativos no Iraque e Síria.
O último grande ataque reivindicado pelo Estado Islâmico no Iraque, em julho passado, teve como alvo um mercado no distrito xiita de Sadr City, em Bagdá, que matou cerca de 30 pessoas.