Um estudo da USP em pacientes com comorbidades que tiveram Covid-19 mostrou que, em 80% dos casos, os sintomas pós-doença permanecem por até quatro meses depois do início da fase mais aguda da infecção.
Os sintomas mais comuns identificados na pesquisa foram fadiga, fraqueza, dor de cabeça, falta de ar, tosse, esquecimento e perda de memória.
O estudo foi apresentado na sexta edição da Conferência Internacional de Prevenção e Controle de Infecções, em Genebra, na Suíça.
Processo
Para a realização da pesquisa, foram analisados 175 pacientes com média de idade de 53 anos e Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 31,7, o que já configura obesidade, segundo os pesquisadores. Essas pessoas também tinham hipertensão e diabetes. Algumas delas relataram já terem sido fumantes.
Três grupos foram formados seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), conforme os sintomas no período de tratamento contra a doença:
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- Sintomas leves sem necessidade de oxigênio;
- Sintomas moderados com necessidade de internação e oxigênio suplementar;
- Sintomas graves com necessidade de intubação e tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI).
Durante o estudo, os pacientes que apresentaram quadros mais graves foram os que tiveram sintomas após a Covid, com índice de 93%.
Segundo a pesquisa, a qualidade de vida dos pacientes analisados também piorou depois da doença. Antes da infecção, 64% relataram que a vida era boa e 16% muito boa. O número caiu para 56% e 12,3%, respectivamente.
As pessoas que participaram do estudo continuarão sendo acompanhados durante um ano após o início dos primeiros sintomas da Covid, com aplicação de exames físicos, medição de pressão arterial, saturação de oxigênio, frequência cardíaca e respiratória, teste de força muscular, exames pulmonares e aplicação de questionários e entrevistas.
— Com informações do G1