O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian afirmou que o país está tentando expandir o conflito no Oriente Médio. Durante uma mesa redonda na sede da ONU, em Nova York, ele negou que o Irã esteja contribuindo para a desestabilização da região. Essa foi a primeira aparição de Pezeshkian na ONU desde que assumiu o cargo em julho, em um contexto de crescente tensão após o assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, atribuído a Israel. Pezeshkian alertou que uma possível guerra no Oriente Médio não traria benefícios para ninguém e que Israel está fomentando um conflito mais amplo. O apoio do Irã ao Hamas, que lançou um ataque contra Israel em 7 de outubro, resultou na morte de 1.205 pessoas, a maioria civis. Em resposta, a ofensiva militar israelense em Gaza causou a morte de pelo menos 41.455 pessoas, conforme estimativas da ONU. A situação se agravou após uma série de ataques israelenses no Líbano, que resultaram em dezenas de mortes. Um bombardeio específico atingiu um alto comandante do Hezbollah e deixou cerca de 50 mortos em Beirute.
Na última segunda-feira, os bombardeios israelenses no Líbano provocaram a morte de pelo menos 270 pessoas, incluindo crianças e profissionais de saúde. O Ministério da Saúde libanês reportou que mais de 1.000 pessoas ficaram feridas devido aos ataques. As Forças Armadas de Israel afirmaram ter atingido mais de 800 alvos, alegando que se tratavam de depósitos de armas do Hezbollah. Há preocupações de que essa escalada de violência possa ser um sinal de uma ofensiva militar mais ampla, possivelmente com uma invasão terrestre no sul do Líbano. Apesar de estar enfraquecido, o Hezbollah reafirmou seu compromisso de continuar os ataques contra Israel até que um cessar-fogo em Gaza seja estabelecido. No último fim de semana, o grupo lançou centenas de foguetes em direção ao norte de Israel, o que levou ao fechamento do espaço aéreo em partes do país.
Publicado por Luisa Cardoso
*Reportagem produzida com auxílio de IA