Deuteronômio 8.2
“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.”
INTRODUÇÃO: O deserto não foi feito para uma punição, mas para que Deus possa forjar em nós o Seu caráter, dando-nos uma nova identidade, fazendo valer a nova criatura, que vai deixar para traz marcas, sinais e cicatrizes adquiridas durante a vivência no Egito.
No deserto Deus vai fazer aflorar os nossos pecados mais ocultos, para promover uma autêntica purificação, para que possamos alcançar a tão desejada santidade de vida.
Também no deserto Deus vai nos provar, para a capacitação da sua obra, nos tornando aptos para dirigir o povo.
É no deserto que a nossa fé é provada, que nossa perseverança é posta em prática e o nosso alvo é definido: Queremos chegar na terra prometida.
PRIMEIRA PARTE – NO DESERTO O NOSSO CHAMADO É CONFIRMADO
Se lermos a história de Moisés, em Êxodo capítulo 2, é impossível não deduzirmos que ele fora separado por Deus, desde o ventre da sua mãe, para liderar o povo hebreu rumo à liberdade, rumo a terra prometida.
Deduzimos também, que Moisés fora educado como um príncipe e na ótica humana, já estava capacitado para a tarefa que Deus o havia determinado.
Mas faltava a Moisés duas etapas importantíssimas na sua preparação para ser um líder: Ser pastor de ovelhas e ter um encontro genuíno com Deus.
E agora, depois de assassinar um egípcio, Ele foge para o deserto de Midiã, onde casa e começa a pastorear ovelhas.
É neste deserto que ele tem um encontro com Deus, que primeiramente aparece através da sarça ardente, depois fala claramente com Moisés e lhe passa todas as orientações para libertação do povo da escravidão do Egito.
SEGUNDA PARTE – NO DESERTO O SENHOR NOS MOSTRA OS SEUS MISTÉRIOS.
No deserto Deus fala novamente com Moisés e lhe dita os dez mandamentos, as leis acerca de outros deuses, acerca dos escravos, das propriedades, as leis sociais, as leis da justiça e da misericórdia, as festas e até a planta detalhada do Tabernáculo.
Isso tudo, para nós, hoje, parece uma coisa muito fácil. Não meditamos na complexidade e nem na perfeição de como Moisés recebeu do Senhor e passou a executar, junto ao povo.
TERCEIRA PARTE – NO DESERTO A NOSSA CARNE PODE SOBRESSAIR
Enquanto Moisés estava no monte recebendo mais orientações de Deus para o povo, este mesmo povo, inquieto e insatisfeito pressionou Arão para fazer-lhe um bezerro de ouro, para representar um deus que fosse adiante do povo. Êxodo 32.
Tenho visto muito crente apressado, que não consegue esperar pacientemente no Senhor e busca outros caminhos, outras soluções. Já ouvi crentes dizer: que mal tem levar a uma rezadeira, ela fala em nome de Deus e só quer fazer o bem?
Somos incrédulos e precisamos de sinais visíveis de Deus; somos, como o próprio Deus disse, um povo de dura cerviz.
QUARTA PARTE – NO DESERTO SOMOS LEVADOS A MURMURAR
Quando houve falta de comida Deus fez chover maná do céu, para alimentar o povo. Depois de algum tempo, enjoados do maná o povo murmura dizendo estar definhando, pois só havia maná. Números 11
QUINTA PARTE – NO DESERTO PODEMOS NOS REBELAR CONTRA NOSSOS LÍDERES
Arão e Miriã falaram contra Moisés, somente pelo fato de Deus falar e ouvir Moisés. Quanto ciúme! Quanta inveja! Números 12
Deus ao ouvir as palavras de Arão e Miriã, castigou Miriã com lepra e a Bíblia relata que ela ficou branquinha como a neve.
SEXTA PARTE – NO DESERTO A NOSSA FÉ É PROVADA.
Moisés enviou para espiar a terra homens que eram príncipes e quando voltaram trouxeram o relato mais pessimista que poderia existir. Segundo eles, o povo da terra era como gigantes e eles eram como gafanhotos. Números 13.
Incrédulos! Esqueceram de que aquele que está em nós é maior do que aquele que está no mundo.
SETIMA PARTE – NO DESERTO PODEMOS NOS REBELAR CONTRA OS NOSSOS LÍDERES
Coré, insatisfeito com a liderança de Moisés, resolveu juntar alguns homens e se insurgirem contra ele. Números 16
A Bíblia fala que eles estavam cheios de presunção.
Quantas divisões, rachas e cisões estamos vendo hoje? São os filhos de Coré que cheios de presunção não aceitam ser liderados e preferem dividir o ministério, a igreja, a congregação, abrindo novos ministérios, novas comunidades, novas denominações.
Mas Deus fez abrir a terra e Coré e toda a sua turma foi engolida pela terra.
OITAVA PARTE – O DESERTO PODE SER UMA SELEÇÃO NATURAL
Muitos dos que saíram do Egito ficaram pelo deserto. Muitos dos que saíram do Egito chegaram a contemplar a terra, mas não entraram nela.
CONCLUSÃO – precisamos ter em mente que o deserto é apenas uma passagem e que o tempo que levaremos para atravessá-lo é determinado pela nossa fé, pela nossa confiança e pela nossa dependência no Senhor.
Estejamos atentos, vigilantes para que, quando passarmos pelo deserto não caiamos nos mesmos erros do povo de Deus, quando da sua travessia pelo deserto, rumo à terra prometida.
Tenhamos a convicção de que o Senhor pode nos levar aonde Ele bem entender, mas nunca nos deixará, nunca nos abandonará.