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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou propostas discutidas em seu governo de limitar o crescimento de gastos com saúde e educação, afirmando que não fará ajustes fiscais prejudicando os mais pobres. Em entrevista na Itália, Lula defendeu o ministro Fernando Haddad e criticou a taxa de juros e a atuação do Banco Central. Ele ressaltou a importância de não piorar a saúde e a educação em detrimento dos mais necessitados, destacando a exclusão histórica do povo pobre no Orçamento.
O Ministério da Fazenda estuda alterar as regras orçamentárias para saúde e educação, visando limitar o crescimento dessas despesas. Após críticas, Haddad afirmou que essa é apenas uma das possibilidades discutidas. A ministra Simone Tebet ressaltou que a revisão dos pisos não é prioridade da equipe econômica. Lula destacou que quem critica o déficit fiscal também apoia a desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios.
A desoneração da folha, criada em 2011, beneficia diversos setores da economia, gerando uma perda de arrecadação estimada em R$ 15,8 bilhões para este ano. O governo contava com o fim da desoneração para reduzir o déficit, mas a proposta foi barrada pelo Congresso. Lula sugeriu que os empresários apresentem propostas de compensação ao ministro da Fazenda. Ele reforçou o apoio a Haddad, destacando que o ministro não está politicamente enfraquecido.
Durante sua participação na reunião do G7, Lula teve encontros bilaterais com os primeiros-ministros da Alemanha e da Itália. Ele também conversou com líderes europeus sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, afirmando que o Brasil está pronto para assiná-lo após ajustes necessários. Lula criticou a ênfase dada ao déficit fiscal pela imprensa, ressaltando a taxa de juros elevada no país em relação à inflação.
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*Reportagem produzida com auxílio de IA