SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em cartaz no cinema, no streaming e na novela das seis, Rayssa Bratillieri pretende tirar umas férias da atuação agora que “Elas por Elas” (Globo) chega ao fim.
O último capítulo da novela, remake da trama de 1982, vai ao ar nesta sexta-feira (12). Rayssa, que vive a mocinha Ísis, terá sua justiça após quase cair na armação da vilã Helena (Isabel Teixeira). No cinema, Rayssa vive a filha rebelde da protagonista Beatriz (Giovanna Antonelli) em “Apaixonada”. No streaming, é uma imigrante brasileira que sonha em ser modelo em “Amor em Hong Kong” (Globoplay).
“Foram trabalhos que fiz em momentos diferentes, mas acabaram estreando todos ao mesmo tempo. Agora estou em todo lugar”, brinca a atriz em entrevista à Folha de S.Paulo. Mas os sonhos de Rayssa vão para além da atuação. Ela flerta com o mundo dos roteiros, dramaturgia, direção e produção.
“Quero me entender como alguém que produz suas próprias coisas. Tenho vontade de dirigir também, e quero usar esse momento [pós-novela] para mergulhar nisso, fazer cursos de direção, ler peças, escrever. Remexer em outros lugares”, diz.
Para uma escorpiana com lua e ascendente em áries como ela, sempre pronta para agir e correr atrás do que quer, é difícil viver à espera de convites e aprovações em testes.
“Fazer novela é importante e interessante, mas também é perigoso ficar só nesse lugar. Quando você só atua, você se coloca em um lugar central e acha que é tudo sobre você”, diz Rayssa, de 26 anos. “Não quero viver esperando as pessoas olharem para mim e me darem trabalho.”
“É muito desafiador viver de arte no Brasil. Não quero depender da aprovação do outro para ser artista. E o caminho que eu consigo abrir é produzindo as minhas coisas e correndo atrás do que eu acredito”, diz.
Nascida em Apucarana (PR), Rayssa deixou sua cidade aos 17 anos e foi morar no Rio de Janeiro em busca dos sonhos como atriz.
“Quando eu boto uma coisa na minha cabeça, ninguém tira. Tenho vontade de produzir coisas e colocar meus amigos, os grandes atores que eu conheço, vê-los brilhando. Comecei a entender outros lugares dentro do mercado”, conta.
Sobre se inspirar por mulheres em cargos de chefia e criação no audiovisual, ela cita as diretoras Amora Mautner, Mayara Aguiar e Nathalia Grinberg. “É tão gostoso quando a gente encontra mulheres incríveis e se sente apoiada e inspirada. O futuro é nosso”, diz.