Alinhamento ocorreu de forma híbrida (presencial e on-line)
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), realizou, nesta quarta-feira (13/12), uma avaliação de indicadores de malária em áreas indígenas de Barcelos e São Gabriel da Cachoeira (a 399 e 852 quilômetros de Manaus, respectivamente). As regiões são de responsabilidade da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
O encontro foi realizada de forma híbrida (presencial e on-line) com participação da SES-AM, Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Barcelos e de São Gabriel da Cachoeira; os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI’s) Yanomami e Alto Rio Negro; Coordenação de Eliminação da malária do Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente; e Sesai.
Também participaram da iniciativa representantes da 6ª Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) do Alto Rio Negro.
Durante o encontro, foi pactuada uma remodelação da matriz de responsabilidades entre os envolvidos para soma de forças nas ações de vigilância, incluindo destaque de insumos, oferta de diagnóstico e de tratamento, controle vetorial, além de suporte para logística. A matriz dará seguimento para a criação do plano de intensificação das ações de controle da malária em áreas indígenas do Alto Rio Negro.
Os dois municípios são o alvo da avaliação de indicadores devido à quantidade de casos de malária ser expressivo nas áreas indígenas que integram o território desses municípios. Conforme o levantamento do cenário epidemiológico da doença, 93% dos casos de malária de Barcelos estão em áreas indígenas yanomamis.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a reunião é oportunidade para avaliar a situação epidemiológica da malária para proposição de ações conjuntas no combate à doença. “É importante a ação integrada para que possamos alcançar as metas de redução pactuadas nas áreas indígenas, o que implica no cumprimento dos objetivos do plano estadual de eliminação da malária no Estado”, disse.
O chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, também ressaltou a importância da ação integrada. “É necessário o trabalho conjunto junto às redução de casos de malária nas áreas indígenas nesses dois municípios. Precisamos que as ações sejam pactuadas e contínuas para o fortalecimento da vigilância da malária no território indígena no Amazonas”, afirmou.
Na ocasião, o DSEI Alto Rio Negro, se comprometeu em apoiar as ações de combate à malária na região compreendida administrativamente pelo distrito, que inclui São Gabriel da Cachoeira e Barcelos. “Se for zona urbana ou rural, nós vamos apoiar. Nessa troca de apoio, nós vamos avançar. Podemos ver outras estratégias, com equipes volantes completas com profissionais e na questão de combustível”, disse Luiz Brazão dos Santos, coordenador do DSEI Alto Rio Negro, há sete meses.
Carmen Pankararu, diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena da Sesai, também destacou a ação integrada. Eu destaco a importância dessas parcerias para construir um plano de ação para eliminar a malária nas áreas urbanas, rurais e indígenas”, ressaltou.
Eliminação de malária
A meta do Ministério da Saúde é, de até 2030, eliminarmos a malária, e, até 2035, não haver registro de malária no Brasil. O Plano Estadual de Eliminação da Malária no Amazonas possui quatro fases: a primeira é a de preparação, que lança o trabalho e busca a redução de casos; a segunda é a de Consolidação, que propõe cumprir a meta de reduzir o índice da doença até 2030; a terceira fase é a de Eliminação, visando manter o estado sem óbitos e sem transmissão; por fim, a quarta fase, é a de Prevenção, que é manter o Amazonas livre da malária até 2035.
Contato para imprensa: Assessoria de Comunicação da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP)