É de se notar que a tecnologia tem gerado impacto e mudado grande parte da sociedade ao influenciar pessoas e empresas constantemente. A tecnologia proporciona vantagens e benefícios para a sociedade e uma das principais é a inovação. O avanço tecnológico tem gerado grandes oportunidades para as empresas inovarem em seus processos produtivos, a fim de facilitar o trabalho humano, aumentar a produção e otimizar o tempo.
O Evereste é um Instituto de Pesquisa e Tecnologia da iniciativa privada que possui 6 anos no mercado de desenvolvimento de soluções em softwares e tem como principal objetivo contribuir para o avanço dos setores de tecnologia da informação e comunicação. Atuando na pesquisa e desenvolvimento de novos conceitos, produtos, serviços e soluções tecnológicas, o Evereste promove geração de oportunidades e novos negócios.
Para o desenvolvedor de softwares André Guilherme Higino Guimarães, a tecnologia é uma área focada em facilitar processos.
“A tecnologia evoluiu todos os setores e é uma constância assustadoramente rápida. Um exemplo é as técnicas que eu aprendi há seis meses e hoje em dia já não me serve mais. O retorno que as pessoas têm a curto prazo, você pode ver na sua própria mão, como nos celulares, há quatro anos a gente não tinha o PIX e hoje em dia já não vivemos sem. Fora a evolução dos smartphones, esses são só alguns dos exemplos que podemos ver no nosso cotidiano”, disse.
De acordo com o diretor-executivo do Instituto, os avanços desempenham um papel fundamental na melhoria da sociedade em vários aspectos e, com a utilização da internet, smartphones e redes sociais, a sociedade pode se conectar instantaneamente com pessoas ao redor do mundo, impulsionar a inovação e o crescimento econômico e até influenciar na avaliação política de um país.
“A tecnologia tem transformado a forma como aprendemos e ensinamos. Ferramentas digitais, como plataformas de ensino online, recursos interativos e realidade virtual, estão tornando o processo de aprendizagem mais envolvente, acessível e personalizado além de avanços significativos na área da saúde permitindo o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, diagnósticos precoces e dispositivos médicos inovadores”, declarou.
Complementou ainda: “Todos esses avanços, são fundamentais para o desenvolvimento de uma cidade e consequentemente de um país, e acredito que com esses avanços estaremos bem próximo de obtermos melhores serviços à disposição da sociedade, é o que contempla o conceito de cidades inteligentes (Smart Cities), que tem por objetivo melhorar sua eficiência operacional, aprimorar a comunicação com os cidadãos e prover serviços públicos de maior qualidade”.
Para o especialista, as mudanças que tem acompanhado são avanços rápidos e disruptivos mais graduais nas mais diversas área mas, de acordo com ele, a saúde tem sido a área mais afetada” por esse processo.
“Mesmo assim temos sempre novidades, mas a Saúde sem sombra de dúvidas, tem tido resultados importantes, devido a pandemia, isso foi potencializado, a Educação é outra que com a utilização de plataformas digitais, tem transformado a forma como aprendemos e ensinamos, e é claro a Internet, 5G, Inteligência Artificial, impressora 3D ,também podemos mencionar outros como Veículos Autônomos,Energias Renováveis internet das coisas (IoT), a realidade virtual (VR) e a realidade aumentada (AR), a computação em nuvem, e a robótica avançada. Todos esses avanços estão moldando a sociedade de diferentes maneiras, trazendo benefícios, desafios e impactos significativos em áreas como economia, educação, trabalho, comunicação e interação social”, ressaltou.
Avanços na saúde pública
O caso mais recente envolvendo os avanços na saúde aconteceu no último dia 04 de junho no qual Helena, uma criança de 4 anos nascida com cardiopatia congênita, teve coração renovado em projeto pioneiro do Hospital Universitário (SP) e Instituto do Coração.
A pequena precisava fazer uma cirurgia de alta complexidade na cidade de São Paulo, a mais de 3 mil quilômetros de distância de onde mora, em São Luís (MA). O procedimento foi realizado à distância com os médicos de São Paulo acompanhando imagens, sons e dados de Helena, junto a médicos em São Luís. A criança teve o coração renovado na cirurgia de sucesso.
Com o objetivo de expandir o acesso da população a uma saúde pública cada vez mais universal, ágil e de qualidade, novas tecnologias podem ser implementadas no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Ministério da Saúde. Uma das iniciativas visa a implementação da inteligência artificial (IA) nos serviços de atendimento à população por meio do SUS Digital, programa que ainda está em fase de estudos.
“O Ministério da Saúde está desenhando, em uma grande equipe, o SUS Digital, que vem a ser a inclusão digital em todos os níveis do Sistema Único de Saúde (SUS) desde a atenção primária [em Unidades Básicas de Saúde, por exemplo] até a atenção terciária [de alta complexidade, como Unidades de Terapia Intensiva]”, pontuou o diretor do Departamento de Saúde Digital e Inovação (Desd) da Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (Seidigi-MS), Cleinaldo de Almeida Costa.
Segundo ele, o programa deve “repensar o acesso ao SUS por meio de aplicativos ou de uso de inteligência artificial ou de big data” e “redesenhar a saúde [no país] para os próximos 20 anos”.
Durante uma mesa realizada na Feira Hospitalar, em São Paulo, o diretor do ministério afirmou que o programa pretende transformar o SUS em um “sistema mais amigável, aproximá-lo mais do cidadão e simplificar a vida do usuário e da usuária”.
Em entrevista ao portal de notícias Amazônia Press, o diretor-executivo de Tecnologia do Instituto de Tecnologia e Inovação Evereste, Francisco Arce Junior, destacou que, primeiramente, é necessário entender o que é a Saúde Digital, que compreende o uso de recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para produzir e disponibilizar informações confiáveis sobre o estado de saúde para os cidadãos, profissionais de saúde e gestores públicos.
Durante a entrevista, Francisco citou ainda que em 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou a elaboração da sua Estratégia Global de Saúde Digital (Global Strategy on Digital Health), entendendo que os esforços nacionais podem ser potencializados pela colaboração e troca de conhecimento entre países, centros de pesquisa, empresas, organizações de saúde e associações de usuários ou cidadãos, com o objetivo de promover a saúde para todos, em todos os lugares.
“Falando sobre Inteligência Artificial (IA), que é a capacidade das máquinas de imitar certos aspectos do pensamento humano e tomar decisões com base em dados e algoritmos. Ela envolve técnicas como aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural, visão computacional e redes neurais artificiais. A IA tem um amplo espectro de aplicações em diferentes setores, incluindo a saúde. Os sistemas de IA podem analisar grandes volumes de dados médicos, como imagens de exames, registros de pacientes e dados genéticos, para ajudar os médicos a fazer diagnósticos mais precisos. Algoritmos de aprendizado de máquina podem identificar padrões sutis que os médicos humanos podem perder, auxiliando no diagnóstico precoce de doenças”, pontuou.
De acordo com o diretor-executivo, as tecnologias, em especial a IA, pode ser usada para desenvolver modelos preditivos que ajudem a determinar o tratamento mais eficaz para um paciente com base em seu histórico médico, características genéticas e outros fatores individuais, o que permite uma abordagem mais personalizada e direcionada ao tratamento.
“A IA pode ajudar na identificação de padrões, tendências e insights a partir de registros médicos eletrônicos, artigos científicos e bancos de dados de pesquisa. Isso pode acelerar a descoberta de novos tratamentos, terapias e medicamentos. A inteligência pode ainda ser usada para monitorar e analisar continuamente os dados de saúde de pacientes, como sinais vitais, atividade física e padrões de sono. Isso permite a detecção precoce de alterações ou anomalias, o que pode ser especialmente útil para pacientes com condições crônicas. Os chatbots baseados em IA podem fornecer assistência virtual aos pacientes, respondendo a perguntas comuns, fornecendo informações sobre condições médicas, agendando consultas e oferecendo orientações básicas de saúde. Isso pode ajudar a melhorar o acesso aos cuidados de saúde e liberar os profissionais de saúde para casos mais complexos”, destacou.
Outro ponto levantado pelo especialista é referente às lacunas existentes no sistema público de saúde e os benefícios que serão proporcionados com a junção entre tecnologia e serviços básicos oferecidos à sociedade.
“A IA pode ajudar a reduzir as lacunas de acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas remotas ou com escassez de profissionais médicos. Através de sistemas de telemedicina e assistência virtual, os pacientes podem receber orientações e cuidados básicos sem a necessidade de deslocamento físico. Com o auxílio da IA, os profissionais de saúde podem obter diagnósticos mais precisos e precoces, aumentando as chances de tratamento eficaz. Isso pode levar a uma redução no tempo de espera por diagnóstico e tratamento, bem como a uma melhoria nos resultados clínicos. Pode otimizar a gestão de recursos no SUS, ajudando a identificar áreas onde há necessidade de maior alocação de recursos, como leitos hospitalares, medicamentos e profissionais de saúde. Além disso, a automação de tarefas administrativas pode liberar tempo para que os profissionais de saúde se concentrem mais no atendimento direto aos pacientes”, analisou.
Complementou ainda: “A implementação da IA no SUS pode impulsionar a pesquisa médica e a inovação, permitindo análises mais abrangentes e identificação de tendências em grandes conjuntos de dados. Isso pode levar a descobertas médicas importantes e ao desenvolvimento de terapias mais eficazes. Projetos com a análise de dados com IA sobre acidentes de transito, com o objetivo de melhorar a gestão de tráfego, mobilidade urbana e evitando mortes dos condutores; lembrando que é importante garantir que a implementação da IA no SUS seja feita de forma ética, transparente e com preocupações adequadas em relação à privacidade dos dados dos pacientes. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde sejam adequadamente treinados e capacitados para trabalhar em conjunto com a IA, aproveitando os benefícios que ela pode oferecer”.
Por fim, também destacou que, ao implementar essas novas tecnologias, o Ministério da Saúde segue o objetivo de melhorar a qualidade, a eficiência e o acesso aos serviços de saúde para a população brasileira.
“Por meio dessa iniciativa, são garantidos os cuidados mais personalizados e adequados, otimizando a gestão de recursos e estimulando a pesquisa e a inovação na área da saúde. Quanto mais digital, a velocidade de soluções será exponencial e poderá dessa forma além de trazer mais qualidade ao serviço de saúde na gestão pública, salvar vidas”, finalizou.
Esperança para quem vive em áreas mais remotas no AM
Serviço que promove e oferece internet banda larga de alta potência e baixa latência, chegando até mesmo em regiões mais remotas, a Starlink, empresa criada pela SpaceX, cujo fundador e CEO é o empresário Elon Musk, é a primeira e maior constelação de satélites do mundo. Desenvolvida para oferecer internet via satélite para todo o planeta, a Starlink é capaz de suportar transmissão, jogos on-line, chamadas de vídeo e muito mais.
Como a fornecedora líder mundial de serviços de lançamento, a SpaceX é a única operadora de satélites com a capacidade de lançar seus próprios satélites conforme suas necessidades. A empresa lançou o primeiro grupo de 60 satélites de telecomunicação Starlink em maio de 2019. Em fevereiro deste ano, a mega constelação formada por esses equipamentos já ultrapassa a marca de 4 mil satélites girando na órbita da Terra.
Ao se mudar da capital amazonense para um sítio localizado no quilômetro 135 da rodovia AM-010, o empresário e publisher da FA Agência de Comunicação, Francisco Araújo, se viu enfrentando dificuldades ao conseguir acesso a um sinal de internet. Na localidade, o sinal da rede móvel 3G é fraco e o empresário também testou alguns serviços mais moderados. Sem sucesso nas tentativas, Francisco ouviu falar na Starlink e viu que os serviços oferecidos são justamente para as pessoas que carecem de internet por residirem em locais onde não há cobertura e, muitas das vezes, a energia elétrica também é deficitária.
“Onde eu estava morando tem todas essas características: sinal ruim e a energia vai embora com frequência. O meu sítio fica bem distante do sinal 3G e, principalmente, de fibra ótica e aparelho funciona em qualquer localidade da região amazônica. A Starlink é para empresários que necessitam trabalhar online e também é de suma importância para fazendeiros, comunidades ribeirinhas, escolas mais distantes e afins”, pontuou.
Complementou ainda: “O valor do aparelho custa uma média de R$ 3 mil e a aquisição pode ser feita diretamente pelo site. Até então não havia algum representante dos serviços no Amazonas. Recentemente, o jornalista Ronaldo Tiradentes anunciou a representação da empresa e isso é algo sensacional, pois você já compra aqui e leva o equipamento consigo. A Starlink não perde a latência e quando o sinal cai, automaticamente, já direciona para um outro satélite. São inúmeros benefícios. Essa iniciativa veio exatamente para fazer essa revolução no nosso Amazonas e na Amazônia”.
Para ganhar agilidade no sinal, os satélites Starlink orbitam a Terra em órbitas baixar, como bem explica o pesquisador e professor do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Astronomia da Universidade do Estado do Amazonas (NEPA/UEA), dr. Nélio Sasaki. O especialista explica ainda o funcionamento do aparelho, visto que cada satélite Starlink é equipado com painéis solares para fornecer energia, além de uma série de equipamentos de comunicação, incluindo antenas de banda Ka, lasers de comunicação inter-satélite e antenas de alta velocidade que se comunicam diretamente com estações terrestres.
“A conexão à internet do Starlink é estabelecida quando um usuário conecta seu dispositivo (computador, notebook ou telefone) a uma antena pequena e plana (denominada de terminal do usuário). Esta antena pode ser instalada em um telhado ou em outro local aberto. A antena se comunica diretamente com os satélites Starlink em órbita, permitindo que os usuários acessem a internet em qualquer lugar em que a antena possa ser instalada, desde que tenha uma visão clara do céu”, explicou.
De acordo com Nélio Sasaki, são inúmeros os prós e contras dessa iniciativa de criar uma megaconstelação. Em seu ponto de vista, o maior ponto positivo se aplica ao alcance às áreas mais remotas e aponta o aumento de lixo espacial (termo usado para nos referirmos a qualquer objeto – feito pelo homem – que foi deixado na órbita terrestre (ou além dela) e que foi desativado como um dos principais pontos negativos.
“Essas megaconstelações de satélites permitem uma maior cobertura e conectividade global, alcançando áreas remotas e oferecendo serviços onde as redes terrestres não estão disponíveis ou não são viáveis. Também há uma redução da latência, visto que satélites em órbitas baixas possuem um atraso no sinal, menor do que aquele fornecido pela infraestrutura terrestre. Portanto, a megaconstelação de satélites em órbita baixa garante a qualidade da conexão de internet. Fato que favorece o usuário que queira realizar uma videoconferência ou até mesmo participar de eventos em tempo real, tais como jogos on-line. A iniciativa também permite uma melhor observação da Terra, neste caso, as imagens e os dados coletados podem ser usados em estudos ambientais, previsão meteorológica, geoprocessamento, etc. Sem contar que, com o avanço da tecnologia, os custos de lançamento e fabricação de satélites estão caindo, o que pode tornar as megaconstelações mais acessíveis para empresas de pequeno porte e até startups”, disse ele ao sinalizar os principais pontos positivos”, pontuou.
Complementou ainda: “Os pontos negativos estão no aumento de lixo espacial, visto que, com uma quantidade significativa de satélites artificiais em órbita, o risco de uma colisão entre eles aumenta e consequentemente, havendo uma colisão, a quantidade de detritos também aumenta; Essas megaconstelações de satélites também podem interferir nas observações astronômicas, produzindo reflexos e brilhos que podem prejudicar a visibilidade do céu noturno e dificultar a captura de imagens precisas do espaço; Com a maior quantidade de satélites em órbita, também aumenta o risco de interferência e ciberataques, afetando a segurança da navegação por satélite, comunicações e outras operações críticas; e a produção de satélite e seu lançamento em órbita podem impactar o meio ambiente através da emissão de gases de efeito estufa e o uso de recursos naturais renováveis”.
Para o especialista, apesar da Humanidade não ter descoberto uma maneira de fazer a tecnologia avançar – sem que a poluição no planeta e no Sistema Solar se torne frequente – é fundamental que a internet chegue nas áreas mais remotas da Terra. Nélio Sasaki frisa ainda que a iniciativa se faz necessária, em particular, para o Estado do Amazonas, que é carente em tal aspecto.
“Até 2021, inexistia uma empresa que fornecesse internet de qualidade para o interior amazonense. A internet prometida pela Starlink surge como uma boa opção para aproximar Universidades e Escolas, fomentar cursos on-line e videoconferências para nossos docentes das Secretarias Municipal e Estadual de Educação, universidades (UEA, UFAM e particulares) e institutos federais. Vale lembrar que durante o período de ‘home office’, os alunos e professores reinventaram a educação, literalmente usando uma internet que não favorecia a nenhum dos lados. Agora, com a experiência do passado, podemos sonhar com um futuro promissor para toda a comunidade”, disse.
O pesquisador destaca ainda que os benefícios não se limitam apenas à área da educação e pontua que satélites em órbitas baixas podem facilmente auxiliar no mapeamento de Escolas, estabelecimentos comerciais e também ser um forte aliado na saúde local.
“Essa iniciativa pode ajudar a rastrear veículos furtados, ajudar na identificação de pessoas e em muitos outros pontos. Na área da Saúde, a internet mais veloz certamente viabilizaria cursos e instruções do Ministério da Saúde voltadas para os Povos Indígenas e suas respectivas comunidades. Por falar em comunidades, aquelas lotadas na zona ribeirinha e/ou rural também seriam beneficiadas. O Amazonas merece, Manaus merece, cada um dos 61 municípios do interior amazonense merece. No cenário atual, a Starlink surge como solução diante esta necessidade diária do povo amazonense”, finalizou.
O empresário, jornalista e advogado amazonense Ronaldo Tiradentes anunciou recentemente que a sua empresa VIA DIRETA TELECOM é a primeira empresa brasileira a se tornar um revendedor autorizado da iniciativa de Elon Musk. Entramos em contato com Tiradentes, mas até a publicação da matéria não obtivemos respostas.