No mês de junho, as festas juninas tomam conta do Amazonas, trazendo consigo um encanto único que une tradição, religiosidade e alegria. Com o início das comemorações neste mês, os comerciantes estão preparados para alavancar as vendas de alimentos típicos e roupas em alusão ao mês junino.
Decoração, trajes característicos e principalmente a gastronomia típica são indispensáveis nos tradicionais eventos juninos da cidade. Nesta época do ano, a procura por artigos movimenta o comércio. De acordo com economista Almir Cordeiro, o período de festejos traz um crescimento maior para o comércio da capital e dos municípios do estado, principalmente para os microempreendedores.
“A movimentação da economia é muito favorável para os microempreendedores, que aproveitam as oportunidades desse período. Setores de alimentação, vestuário, entretenimento, fazem com que a economia criativa se desenvolva. Esse período para o comércio, preenche um vácuo depois dos dias das mães. Portanto, é um período que pode se estender até agosto, com festividades ainda com o tema do folclore regional,” explicou.
O economista ainda ressalta que não somente a economia da capital é atingida, mas também dos interiores como Antônio de Borba e Parintins que movimenta o município com o famoso Festival Folclórico.
“As festa junina e julina e algumas vezes se estende até agosto, movimentam bastante o comércio, principalmente os segmentos voltados às roupas típicas dessa época. O setor de alimentação também é bastante movimentado, comidas típicas são os atrativos das festividades. No Amazonas, vários municípios têm atraído bastantes públicos em suas festas e movimentado os seus comércios e serviços. Santo Antônio de Borba e Parintins, são dois municípios que já são bastante conhecidos, mas não somente eles. A grande influência nordestina e a nossa cultura cabocla criam festividades cada vez melhores, mantendo viva a nossa cultura”, finalizou.
Um dos segmentos mais requisitados é o da alimentação, já que as comidas típicas são bastante procuradas nos arraiais. Em entrevista a redação, Francisca Lima relata que atualmente trabalha com encomendas de comidas típicas para festas juninas, diz que em sua cidade natal, Coari, era frequente sua participação em eventos de arraiais organizados pelas escolas do município.
“Quando eu morava em Coari, as festas juninas lá eram das escolas, sempre as escolas me contratavam pra fazer as comidas das festas juninas, e eu fazia todo tipo de comida, mungunzá, arroz doce, bolo de macaxeira, bolo podre, canjica, vatapá, todos os tipos de comida eu fazia lá. Porque lá em Coari é assim, as festas juninas de Coari é as escolas que participa, cada escola tinha sua barraca. Na época que eu morava lá era assim, não sei se mudou,” relatou.
Francisca ainda destaca que no período de pandemia as encomendas de comidas típicas juninas eram bem frequentes, devido trabalhar com todos pratos típicos desse tipo de festejo, além de conseguir alavancar sua renda financeira. “Na época da pandemia eu vendi muito, entreguei muito bolo de milho, pudim de milho, enfim, todas essas coisas de festa junina,” finalizou.
As Festas Juninas no Amazonas são acima de tudo uma manifestação cultural rica e cheia de significado, que celebra a tradição, a religiosidade e a alegria do povo amazonense. Com suas festas tradicionais, quadrilhas, danças, comidas típicas e rituais especiais, o estado vive intensamente o espírito junino por meio das vendas de artigos juninos, além dos eventos que anunciam as quadrilhas formadas e que proporcionam as famosas barracas de quitutes que fornecem a culinária típica e específica do festejo junino. Fatores que alavancam a economia do estado.
Por: Camili Vitória