Uma equipe de pesquisadores descobriu a evidência mais antiga de uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis, a mesma que causou a peste bubônica, na Grã-Bretanha. Os acadêmicos identificaram três casos de quase 4 mil anos. Publicado na revista científica Nature Communications, na terça-feira 30, o trabalho pode ajudar a compreender como a chamada “peste negra” dizimou 200 milhões de pessoas na Europa.
Os três corpos com vestígios da enfermidade estavam enterrados em uma cova coletiva, em Charterhouse Warren, no condado britânico de Somerset, e na vila de Levens, no sudoeste da Inglaterra.
Segundo o estudo, os cientistas coletaram amostras depois de perfurarem dentes, onde há restos de DNA de doenças infecciosas. Das vítimas, duas são crianças de 10 anos e uma mulher de 35.
A mesma peste que adoeceu essas pessoas já foi identificada em vários indivíduos da Eurásia (massa que forma o conjunto entre a Europa e a Ásia) que viveram do período Neolítico Final à Idade do Bronze. No entanto, esse é o primeiro registro na Grã-Bretanha.
Os autores do estudo são do Instituto Francis Crick, em Londres; da Universidade de Oxford; do grupo de pesquisa Levens Local History Group e do Museu Wells and Mendip, na cidade de Wells.
*Com informações da Revista Oeste.