Uma vacina contra a dependência de drogas está sendo desenvolvida pelos Cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), essa vacina se mostrou promissora na luta contra a dependência química. Foram feitos alguns testes, e mostraram que os anticorpos podem ser repassados para o feto, o que vai ser eficaz para bebês de gestantes usuárias de drogas.
A neuropediatra Liubiana Arantes falou que se o Brasil sair na frente, desenvolvendo uma vacina que, inclusive possa proteger os bebês, estará prevenindo vários outros agravos à saúde desse bebê, e vários outros problemas de saúde pública, de inteligência, de saúde geral, a longo prazo.
No momento os pesquisadores fizeram os testes só em animais, para testar em humanos, eles precisam de um sinal verde da Anvisa, porém o pedido ainda não foi enviado.
Vacina contra dependência de drogas em desenvolvimento pela UFMG pode ser eficaz em bebês de gestantes usuárias (Foto:Reprodução/Pixabay)
Uma das pesquisadoras da UFMG, Raissa Lima informou que: “A gente já concluiu as fases pré-clínicas em relação à segurança e eficácia em animais roedores e não roedores, que são os primatas não-humanos. Já identificamos a eficácia dessa vacina nesses animais e, também, a segurança desta vacina”.
O trabalho pode ser concluído em dois ou até três anos, porém os pesquisadores acreditam que isso pode acontecer se conseguirem mais recursos.
O imunizante feito pelos pesquisadores foi desenvolvido a partir de moléculas modificadas da própria droga. Como essa experiência foi feita nos animais, mostrou que a vacina induziu o sistema imune a produzir anticorpos que se ligaram à droga que já estava presente na corrente sanguínea dos animais. Por conta disso a ligação aumentou o tamanho das moléculas do entorpecente, o que impediu a passagem delas pela barreira hematoencefálica, uma estrutura que é responsável pela regulação do transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central.
Como não chegou ao cérebro, o bicho acabou não sentindo os efeitos da droga. Devido a isso os médicos presumem que, desta forma, na experiência com humanos, a vontade de consumir crack e a cocaína seja radicalmente reduzida.