E para finalizar a semana de homenagens especiais em celebração ao Dia das Mães, o portal Amazônia Press, separou mais três relatos independentes, onde mulheres compartilham suas vivências com a maternidade, entre eles estão mães de primeira viagem, mães solos e mães que cresceram sem terem em casa um exemplo do que é a maternidade.
A primeira convidada se chama Francilene Sena, de 26 anos, casada e mãe do pequeno Derick Lohan, Francilene que trabalha atualmente como operadora de produção, relata que não teve sua mãe presente no seu crescimento, mas isso nunca foi um empecilho para que ela não a amasse.
“Esse dia das mães em especial é meu primeiro, e estou muito feliz por que esse dia, não somente esse dia mas todos, é dia de demonstrar amor, carinho pra pessoa que nos colocou no mundo. Não tive minha mãe presente no meu crescimento, mas isso não foi um motivo de desrespeitá-la, pois mesmo assim ela continua sendo a mulher que me gerou e deu a vida e eu amo muito”, relatou.
Pesquisa recente da Fundação Joaquim Nabuco aponta que 50% das mulheres brasileiras saem do trabalho após receberem a licença-maternidade. Nesse contexto, além de enfrentarem um mercado de trabalho que não valoriza a profissional que opta pela maternidade, é comum que as mães criem receios sobre o próprio desempenho na criação dos filhos.
Se a opção de ter filhos traz desafios à carreira profissional na sociedade atual, não há quem possa falar melhor sobre isso do que as mães que trabalham fora. Afinal, são elas que sabem que a chegada de uma criança exige verdadeiros malabarismos para equilibrar os cuidados da maternidade e todos os outros compromissos. No caso de Francilene, o que mais pesa para ela, é o fato de não poder acompanhar o desenvolvimento de seu filho, que ainda é um bebê.
“Um dos meus principais desafios é trabalhar fora, queria muito poder largar meu trabalho e me dedicar somente no meu filho, mas por enquanto isso não é possível, queria ver cada desenvolvimento dele a cada passo”, disse ela.
Francilene define o “ser mãe” como uma dádiva, pois sempre sonhou em ter essas missões em mãos. “Ser mãe pra mim é tudo, sempre sonhei com esse dia, com essa data de poder dizer agora sou mãe, sempre sonhei em ser mãe, pedi muito a Deus nas minhas orações e Ele foi perfeito como sempre, me deu a dádiva de poder gerar no meu ventre meu filho, isso é maravilhoso, Deus é maravilhoso”, finalizou.
O termo “mãe solo” engloba aquela mãe que cuida, alimenta e é a única responsável física, social, sentimental e financeiramente por aquela criança. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 57,3 milhões de mães solo, isto é, 38,7% de brasileiras chefiando seus lares. Mesmo fazendo parte da grande parcela da sociedade, elas ainda sofrem e precisam se reinventar todos os dias para poder realizar tanto a si mesmas, quanto aos filhos.
A segunda entrevistada do dia foi Samea Cavalcante, de 40 anos, mãe de um lindo menino, ela compartilha um pouco da realidade das muitas ‘mães solos’ ao redor do mundo. “O dia das mães significa pra mim uma data muito especial, porque nesse dia dedicamos a pessoa que mais nos amou, depois de Deus. E quando eu soube que ia me tornar mãe, foi um misto de alegria e medo, alegria em saber que tinha sido presenteada com um filho e o medo de não conseguir cuidar dessa criança. Ainda mais que o pai não o quis e sumiu em vez de assumir. Mas o amor de mãe pelo meu filho superou todos os obstáculos, dificuldade que uma mãe solteira tem. E hoje ele me enche de orgulho pela criança que ele é…”, compartilhou.
A última convidada se chama Deliane Pacheco, de 36 anos, casada e mãe de duas crianças. Ao ser questionada sobre o que o dia das mães significa para ela, Deliane diz que a data traz o amor que ela sempre buscou dar aos seus filhos.
“Dia das mães significa pra mim, amor, carinho, uma data onde podemos receber todo amor que tivemos para educar, criar, ensinar, proteger, estar sempre ao lado deles nas horas mais difíceis, apoiar dá dicas. Tiver meus filhos nos momentos certos, momentos onde eu amadureci, com eles pude ser melhor, dá valor nas coisas onde minha mãe ralou, se dedicou ao criar 8 filhos com muita dificuldade, comigo não foi diferente, agradeço a Deus todos os dias pela minha família”, disse ela.
Ao também ser questionada sobre o que é o ‘ser mãe’, Deliane destaca a importância de crescer junto com os seus filhos, priorizando sempre o amor e o carinho em cada etapa da vida. “Ser mãe é você crescer junto com seu filho, ensinar e aprender junto com eles, é cuidar e se sentir cuidado também, porque eles aprendem o que damos a eles com amor, carinho. É você está sempre ao lado deles, é ser amigo verdadeiro, é você aplaudir as conquistas, é ceder o colo e o ombro, acolher sempre que precisar, ter onde apoiar e renovar suas as forças. É Nunca desistir de seus filhos”, finalizou
Podemos concluir que, embora viver a maternidade não seja simples e nem fácil, essa missão é sustentada por um mero, mas importante sentimento, o amor incondicional. Entre os inúmeros relatos de mães que em sua realidade enfrentaram diversos tipos de desafios e até mesmo preconceitos, mesmo com o medo, a preocupação e incertezas, o amor puro e incondicional pelos seus filhos sempre lhe fizeram encontrar um novo propósito nessa longa caminhada, denominada maternidade.
Além disso, comprova que o retrato da maternidade real está longe da perfeição, mas com certeza, as mães estão se reinventando cada dia mais e se esforçando ao máximo para dar o seu melhor.