Nesta segunda-feira (17), os prefeitos dos municípios de Boca do Acre, Pauiní, Lábrea, Tapauá, Canutama, Apuí, Novo Aripuanã e Humaitá, viajaram a Brasília para solicitar apoio da bancada de parlamentares do estado do Amazonas e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), para oposição a ações predatórias de impacto ambiental do entorno da região.
Segundo o levantamento feito pela rede simex houve exploração de madeira não autorizada em 142 mil hectares da floresta, 38% da retirada total. Isso significa que a Amazônia registra retirada irregular de árvores em área similar à da cidade de São Paulo em apenas um ano.
A comitiva que está em Brasília, encontra-se sob o comando do presidente da Associação Amazonense de Municípios (AMM), o prefeito Anderson José de Souza. O grupo se reuniu na tarde desta terça-feira com autoridades como Rodrigo Agostinho presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a principal reclamação é a ação ilegal de madeireiros e desmatamento para pasto de gado na região.
Em entrevista ao Portal Amazônia Press, o presidente da AMM, Anderson Souza, explicou que a comitiva contou com o apoio do deputado Adjunto Afonso, e do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária Amazonas (FAEA), e expôs o que foi definido na reunião.
“Na reunião com a bancada esteve presente a vice prefeita de Boca do Acre,os prefeitos de Lábrea, Tapauá, Apuí, Humaitá e guajará, tivemos a presença do deputado estadual Adjunto Afonso e do presidente da Faea, definimos na reunião fazer um levantamento para separar área do estado e do governo federal,ver as áreas embargadas por processo judicial ou administrativo”.
O prefeito diz ainda que uma das propostas citadas foi o Termo de Ajuste de Conduta (TAC). “Propomos o TAC com o IBAMA e IPAAM nestas áreas, entre produtor, prefeitos e governadores, visando a preservação da floresta e as atividades já existentes, onde houver áreas desmatada fora do limite dos 20% que fosse reflorestada ou se apresente áreas de compensação”, finalizou o prefeito Anderson.
A compensação pode ser feita em áreas preservadas por meio de arrendamento rural, sob regime de servidão ambiental, ou cadastramento de condomínio de outra área. Tudo isso visando o bem estar da população futura e preservando o que o Amazonas tem de mais valioso, a sua rica flora e fauna.